A genética do futuro: eficiência com eficácia em um mundo sustentável
Todos os programas de melhoramento genético estão sempre pensando no futuro. O que se produz hoje nas granjas comerciais foi idealizado, desenvolvido e trabalhado de três a cinco anos antes.
Atualmente, a DanBred se dedica ao desenvolvimento sustentável, ou seja, o equilíbrio entre a produção animal eficiente e um melhor aproveitamento dos recursos naturais disponíveis, garantindo longevidade do setor suinícola com máximo retorno econômico.
Para atender o mercado brasileiro com o que há de mais atual, importações de matrizes para o Brasil se tornaram mais frequentes, possibilitando acelerar a chegada dessas inovações no campo.
Sustentabilidade
No sistema de produção eficiente o animal que mais produz e que menos consome se torna mais competitivo. Sempre há um dilema quanto a eficiência × eficácia, pois nem sempre o mais eficaz entregará o melhor resultado em custo-benefício.
Maior produtividade com menos matrizes
Durante muitos anos a característica associada a hiperprolificidade esteve entre os principais objetivos de seleção de nossas matrizes suínas, o que fez da DanBred a genética que mais produzia leitões, sendo, portanto, eficiente em ocupar menores espaços de UPL e com capacidade de entregar maior número de animais.
Mas com o tempo outros direcionamentos foram tomados:
A fêmea mais produtiva precisava parir e também cuidar do maior número de leitões, garantindo sua sobrevivência saudável.
Foi incorporado também a característica sobrevivência do leitão, que está associado à mãe e ao próprio indivíduo. Todas essas características são coletadas e avaliadas com menor intervenção humana possível, ou seja, nas granjas núcleo DanBred as fêmeas são desafiadas a parirem sem auxílio e amamentarem o maior número de leitões.
Maior sobrevivência com menor intervenção humana
Ao considerarmos eficiência do sistema produtivo, há que se pensar no impacto da cadeia suinícola como um todo. Por isso é importante ponderar a seleção baseada em sobrevivência do animal com menor intervenção humana, considerando neste tópico, assistências diferenciadas e medicações em excesso, ações muitas vezes desnecessárias para que se aumente a produtividade dos animais.
Com o progresso genético das linhagens DanBred para sobrevivência, espera-se que isto aumente o bem-estar dos animais, já que as causas de mortalidade se reduzam já nas primeiras horas após o nascimento, uma vez que os leitões buscam pelo colostro com menor intervenção humana possível. Isto garante menor estresse, tanto para o leitão quanto para a matriz.
Bem-estar animal: animais mais adaptados, menos estressados e mais saudáveis
O bem-estar animal é um assunto relevante na cadeia produtiva e em uma visão objetiva, tem sido demonstrado que a adoção de práticas associadas ao bem-estar animal tem estreita relação com uma maior produtividade e saúde.
No Brasil, destaca-se pelos avanços na adoção do bem-estar animal, com a maioria das granjas núcleos DanBred Brasil possuindo instalações de gestação coletiva, além do processo de seleção de reprodutores direcionado à animais com adaptabilidade social, minimizando brigas nas baias de terminação.
Novos estudos vêm sendo desenvolvidos na busca por maior longevidade das matrizes, e, como consequência, espera-se que isso tenha um efeito positivo tanto no bem-estar animal quanto na lucratividade.
Eficiência alimentar: menor consumo para maior produção de carne
O mercado mundial de produção de proteína animal é mutável, há uma demanda cada vez maior de produtividade, com menos espaços disponíveis para produção. O Brasil ainda se mantem em uma posição confortável nesta disparidade, contudo, a eficiência alimentar sempre será uma demanda constante em qualquer sistema de produção.
Os novos objetivos do melhoramento DanBred se basearão em superar resultados médios mundiais para características de terminação já superados por nossa genética, e isso significa maior eficiência alimentar e ganho de peso diário ainda mais superior.
No Brasil, mantemos evolução genética constante para conversão alimentar e ganho de peso diário. Nos gráficos 01 e 02 vê-se o progresso genético e fenotípico médio de toda a população núcleo nos últimos cinco anos para conversão alimentar.
Houve redução de 0,175 gramas no consumo de ração para entregar os mesmos 100kg de peso vivo. Para a idade aos 100kg, característica associada ao ganho de peso diário, redução de 6,6 dias de alojamento para entregar os mesmos 100kg de peso vivo. Todo esse ganho ainda será intensificado pela constante chegada de animais importados, objetivando-se acelerar os ganhos e a chegada de novas tecnologias no mercado nacional.
O objetivo é prever com base no conjunto de metabólitos sanguíneos a capacidade de desempenho do animal, sendo, portanto, um dos elos da cadeia entre o DNA e a eficiência alimentar, o rendimento e a qualidade da carne.
Menor produção de gases do efeito estufa
A seleção genética para conversão alimentar, crescimento e sobrevivência resultam na redução do consumo e/ou menor demanda por produção de ração o que consequentemente, resulta em reduções na emissão de nutrientes como nitrogênio e fósforo, bem como na emissão de gases de efeito estufa, como metano e CO2.