Ícone do site suino Brasil, informações suino

A suplementação de altrenogest durante a gestação de fêmeas suínas pode trazer impactos positivos sobre a produtividade

Escrito por: Ana Clara Rodrigues Oliveira - Laboratório de Pesquisa em Suínos da FMVZ/USP , Bruno Bracco Donatelli Muro - Laboratório de Pesquisa em Suínos da FMVZ/USP , César Augusto Pospissil Garbossa

A utilização de altrenogest durante o período inicial da gestação pode contribuir na melhora da rentabilidade e bem-estar animal.

A hiperprolificidade da fêmea suína é uma característica resultante de anos de intensa seleção genética com o objetivo de incrementar o tamanho da leitegada, a qual impacta diretamente na rentabilidade do sistema produtivo suinícola e aumenta o número de leitões produzidos por porca/ano (Silva et al., 2016).

Porém, a acentuada seleção genética para hiperprolificidade resultou em:

Os quais são um sério problema econômico e de bem-estar animal para o sistema produtivo, representando cerca de 76% da mortalidade pré-desmame (Kirkden et al., 2013; Muns et al., 2016; Ji et al., 2017).

O período de peri-implantação, que compreende desde o décimo até o trigésimo dia de gestação, é de extrema relevância para indicadores reprodutivos de fêmeas suínas como número de leitões nascidos, homogeneidade da leitegada e peso ao nascimento.

Entre o 12˚ e 16˚ dia de gestação, o concepto deve se alongar para aumentar a sua área de contato com o endométrio uterino, a qual determinará a quantidade de nutrientes que irá receber ao longo da gestação (Patterson et al., 2008; Wang et al., 2017). Ainda, é durante esse período que ocorre o reconhecimento materno da gestação, a implantação embrionária e a placentação.

Nota-se, portanto, que variações na taxa de crescimento (alongamento) dos conceptos podem resultar em variações no peso ao nascimento e/ou levar a uma menor capacidade de sobrevivência dos embriões menos desenvolvidos.

É durante o período de peri-implantação que a maior parte das mortes embrionárias ocorrem devido a deficiências que são atribuídas às funções uterinas ou a falhas no desenvolvimento apropriado do concepto. A estimativa é que a
morte embrionária em suínos pode chegar a 40% e cerca de dois-terços dessas perdas ocorrem entre o décimo e trigésimo dia da gestação (Bazer et al., 2012). Há diversas questões que estão relacionadas com a mortalidade embrionária precoce, havendo três principais períodos que ela pode ocorrer:

PARA SEGUIR LENDO REGISTRE-SE É TOTALMENTE GRATUITO Acesso a artigos em PDF
Mantenha-se atualizado com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente em versão digital
CADASTRO
ENTRE EM
SUA CONTA
ENTRAR Perdeu a senha?
Sair da versão mobile