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A vida intrauterina pode influenciar o desenvolvimento gastrointestinal dos suínos?

A privação de nutrientes durante a vida intrauterina poderia alterar o metabolismo fetal, levando a alterações permanentes na estrutura, função e metabolismo corporal.

 

Saúde intestinal tem sido um termo muito utilizado recentemente. Contudo, a sua definição ainda não está clara. Em humanos, a saúde intestinal está inicialmente relacionada às doenças inflamatórias. Por outro lado, o foco em suínos é baseado na prevenção de doenças e maximização do desempenho, por meio do aproveitamento de nutrientes e eficiência de crescimento.

A saúde intestinal é influenciada por vários fatores. Dentre eles insultos durante a vida pré-natal, comprometendo o desenvolvimento fetal, podem ser considerados a fonte primária de prejuízos para a mesma.

Há evidências de que a nutrição inadequada e a capacidade uterina limitada seriam os principais insultos capazes de comprometer o desenvolvimento fetal na espécie suína.

Neste contexto, a privação de nutrientes durante a vida intrauterina poderia alterar o metabolismo fetal, levando a alterações permanentes na estrutura, função e metabolismo corporal.

Os avanços do melhoramento genético na suinocultura têm propiciado a geração de fêmeas com alta performance reprodutiva, capazes de conceber leitegadas numerosas.

Este fato proporcionou o aumento no número de conceptos (fetos e suas membranas), mas o tamanho do útero não acompanhou tal incremento, tornando o espaço uterino e a eficiência placentária limitados.

Assim, o peso dos leitões ao nascimento tornou-se cada vez mais heterogêneo, sugerindo uma correlação negativa entre o número de leitões e o peso médio ao nascer.

Leitões que apresentam baixo peso ao nascimento podem representar até 30% de uma leitegada, sendo considerado a principal causa da redução da sobrevida neonatal, incluindo o atraso do crescimento pós-natal.

Em suínos, a principal causa do baixo peso é a restrição intrauterina de crescimento (RIUC), condição em que o feto não atinge o potencial de crescimento devido a insuficiência placentária. Nesta espécie, portanto, a RIUC ocorre de forma natural e severa.

Em um ambiente uterino desfavorável, uma das estratégias de sobrevivência fetal é o redirecionamento do fluxo sanguíneo para o cérebro em detrimento de órgãos como o intestino delgado, o que compromete o seu desenvolvimento normal. Esta condição contribui para o baixo peso permanente e o desenvolvimento de doenças entéricas, aumentando a intensidade de medicação e os custos associados.

Neste sentido, a fim de maximizar o crescimento desses animais, a demanda nutricional tem sido elevada em todas as fases de crescimento. No entanto, ainda é necessário ampliar o conhecimento sobre a capacidade digestiva e imunológica do intestino delgado de leitões acometidos pela RIUC nas diversas fases do ciclo de produção.

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