A Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) enviou na última terça-feira (19.04) ofício ao Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) com detalhes da atual situação da suinocultura em Mato Grosso. O documento foi solicitado pelo ministério e servirá para a Pasta fundamentar o pedido da associação para o reconhecimento de emergência na atividade.
De acordo com a associação, situação da atividade é crítica e coloca em risco 20 mil empregos
A situação de crise na suinocultura atinge todo o território nacional, em decorrência dos elevados custos de produção e baixos preços pagos aos produtores. Por conta disso, a associação pede a implantação de medidas emergenciais para minimizar os prejuízos.
Ele afirma ainda que os suinocultores estão lutando, mas não conseguem cobrir os custos, uma catástrofe financeira que afeta principalmente produtores independentes, que estão na atividade há mais de 30, 40 anos e trabalham com afinco e dedicação todos os dias. “Estes podem ir à falência, e paralisar a economia de inúmeros municípios, do Estado e do nosso país”, complementa.
De acordo com a associação, a medida permitirá ao Governo do Estado conceder incentivos aos produtores, tornando a atividade sustentável novamente. Recentemente, alguns ajustes no mercado reduziram os prejuízos dos produtores na comercialização dos animais, mas estes ainda seguem em patamar elevado.
“Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), na última semana o quilo do suíno vivo atingiu a marca de R$ 4,69 no mercado interno, e o valor do custo de produção gira em torno de R$ 6,50 a R$ 6,70, devido à alta nos produtos utilizados na alimentação dos animais como o milho e o farelo de soja. Com preços nesses patamares, em Mato Grosso, a venda de um animal de 100 quilos, o prejuízo fica em torno de R$ 200 por animal, com alguns suinocultores relatando perdas de até R$ 250,00 por animal vendido”, explicou Itamar Canossa.
Em levantamento da Acrismat, a cadeia da suinocultura é responsável pela geração direta e indireta de 20 mil postos de trabalho em Mato Grosso, e segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2021 foram abatidas mais de 3,2 milhões de cabeças.
Fonte: Assessoria Acrismat