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Biosseguridade na suinocultura é tema de Fórum em Lajeado

Biosseguridade na suinocultura é tema de Fórum em Lajeado. Evento reuniu cerca de 250 participantes presenciais
Debater a biosseguridade na suinocultura foi o objetivo do Fórum Estadual de Sanidade Suína, realizado na tarde desta quarta-feira (09/04), no auditório da Univates, em Lajeado, de forma híbrida. Cerca de 250 participaram do evento de forma presencial e o online registrou mais de 500 visualizações até às 18h de hoje. O Fórum foi organizado pela Secretaria da Agricultura e Fundesa, com apoio do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS) e Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (ACSURS).
A diretora do DDA, Rosane Collares, destacou que a biossegurança é o pilar mais sólido dentro da produção, dando suporte para a segurança sanitária. “Nós somos todos interdependentes, o poder público e privado, para garantir a excelência sanitária do Rio Grande do Sul, e a biosseguridade faz parte deste processo”, afirmou.
Já o presidente do Fundesa, Rogério Kerber, falou da importância do tema da biosseguridade, recorrente em todos os eventos realizados nos últimos tempos, já que é uma preocupação de todos os que trabalham com saúde animal. Para ele, o Brasil é uma ilha em um mar de problemas espalhados pelo mundo afora registrados na área de sanidade. “Nós temos obrigação de nos manter mobilizados e sensibilizados para garantir que continuemos assim, com segurança”, afirmou.
Cleber Dias de Souza, superintendente do Mapa no Rio Grande do Sul, destacou a capacidade de diálogo e entendimento entre todos os elos da cadeia produtiva, mas destacou o papel e a responsabilidade de cada um no dia-a-dia para garantir a biosseguridade.
O consultor Werner Meinke mostrou o histórico da biosseguridade, que começou na década de 1970 nas indústrias americanas, e que no Brasil o conceito chegou a partir das empresas de melhoramento genético nos anos 1980.  Para ele, este é um momento de excelente oportunidade para o Brasil no mercado mundial, em função das condições sanitárias do rebanho, demonstrando vantagens competitivas importantes. Mas destaca que é preciso avançar na biosseguridade. “ Precisamos melhorar definindo protocolos para cada granja, investindo onde estão os maiores riscos, treinando 100% das pessoas envolvidas, fazendo check-list das ações, auditorias e avaliações periódicas”, avaliou Meinke.
A coordenadora do programa de Sanidade Suídea da Seapi, médica veterinária Gabriela Cavagni, apresentou as mudanças que vieram com a Instrução Normativa 10/2023, que definiu diretrizes mínimas de biosseguridade nas granjas de suínos para fins comerciais no Rio Grande do Sul e cronogramas de execução. “Esta legislação nova veio para melhorar toda a cadeia, para aumentar a biosseguridade das granjas e a manutenção do status sanitário do Rio Grande do Sul”, afirmou. De acordo com dados das atividades de mitigação de risco na fronteira, até a primeira semana de abril deste ano foram 1844 propriedades fiscalizadas e 136 mil suínos vistoriados.
Alencar Machado e Glênio Descovi, do Laboratório de Computação Ubíqua, Móvel e Aplicada, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), apresentaram a Plataforma de Defesa Sanitária Animal (PDSA), desenvolvida para gerenciamento de eventos sanitários. A PDSA foi utilizada em 2024 no surto de Influenza Aviária, em Rio Pardo, durante as enchentes de maio para a emissão de 63 mil GTA´s e em julho durante o surto de Newcastle, em Anta Gorda. Neste ano, a partir de 01/04, começou a ser utilizada também no módulo de biosseguridade. A partir de agora, neste novo módulo, é possível colocar os dados da granja, agendar vistorias, gerar laudos e assinar a partir do Gov.br ou da própria plataforma.
O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos do Rio Grande do Sul (SIPS), José Roberto Fraga Goulart, falou das expectativas para o mercado de suínos. Ele acredita que 2025 será um grande ano, já que o Brasil tem garantias de sanidade, ao contrário de outros países. Só de janeiro a março deste ano, 26 países registraram 2.251 casos de peste suína africana. “Nós temos um espaço enorme para crescer, mas precisamos fazer a nossa parte e garantir a sanidade do rebanho, tudo tem a ver com sanidade”, ressalta Goulart.
Texto: Maria Alice Lussani/ Ascom Seapi ; Foto: Fernando Dias/Seapi
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