Boletim da Epagri aponta alta nos preços e crescimento das exportações de carne suína
De acordo com o Boletim Agropecuário da Epagri de fevereiro de 2025, a suinocultura brasileira segue desempenhando um papel fundamental no agronegócio, com destaque para Santa Catarina, maior exportador nacional de carne suína. O relatório aponta que, em fevereiro, o setor registrou um movimento de recuperação nos preços do suíno vivo, interrompendo a queda dos meses anteriores. Apesar desse avanço, os valores ainda permanecem abaixo dos picos registrados em novembro de 2024.
- Clique aqui e acesse o boletim completo!
Conforme os dados do Boletim Agropecuário, a valorização dos preços foi impulsionada pela menor oferta de animais para abate e pelo fortalecimento das exportações. Em comparação com fevereiro do ano passado, os principais estados produtores apresentaram aumentos expressivos nos preços: Rio Grande do Sul (+23,1%), Paraná (+20,9%), Santa Catarina (+19,4%), Minas Gerais (+17,9%) e São Paulo (+15,4%).
O boletim também destaca que, em janeiro de 2025, Santa Catarina registrou 1,45 milhão de suínos abatidos, uma redução de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desse total, 90,9% dos animais foram processados dentro do próprio estado, reforçando sua importância como polo da suinocultura nacional.
No que diz respeito às exportações, a publicação da Epagri aponta que o Brasil exportou 99,3 mil toneladas de carne suína em janeiro, um crescimento de 6,4% em relação ao mesmo mês de 2024. As receitas totais atingiram US$ 231,7 milhões, um aumento expressivo de 19,7% na comparação anual. A China se manteve como o principal destino da carne suína brasileira, representando 19,0% das receitas, seguida pelas Filipinas (16,8%), Japão (12,2%), Hong Kong (9,7%) e Chile (8,0%).
Ainda segundo o Boletim Agropecuário da Epagri, Santa Catarina reafirmou sua liderança no setor, sendo responsável por 56,1% do volume total exportado pelo Brasil. O estado embarcou 55,7 mil toneladas de carne suína, gerando US$ 130,7 milhões em receita, com destaque para as vendas à China, Japão, Filipinas, Chile e Hong Kong.
Com base nas análises do boletim, a suinocultura catarinense segue como um pilar do agronegócio, enfrentando desafios, mas mantendo sua competitividade global e ampliando sua presença no mercado internacional.
Fonte: Boletim Agropecuário da Epagri