Coreia do Sul zera tarifa para carne suína brasileira dentro de cota
A Coreia do Sul anunciou a isenção de tarifa de importação para 10 mil toneladas de carne suína brasileira congelada, com exceção do corte de barriga. A medida, comunicada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), foi celebrada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) como um passo estratégico para ampliar a presença do Brasil no competitivo mercado asiático.
Até então, as exportações brasileiras estavam sujeitas a uma tarifa de 25%. A nova cota, sem incidência de imposto, representa uma abertura concreta para aumentar os embarques ao país que figura como o 4º maior importador global de carne suína, com 785 mil toneladas adquiridas em 2024, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
“O estabelecimento de uma cota isenta é um sinal importante para os avanços das exportações brasileiras de carne suína para a Coreia do Sul, conquistado pelo Ministério da Agricultura. Isto, especialmente em meio às negociações lideradas pelo Ministro Carlos Fávaro e seus secretários, após o reconhecimento de estados como Paraná e Rio Grande do Sul como livres de febre aftosa sem vacinação”, afirmou Ricardo Santin, presidente da ABPA.
Por enquanto, apenas o estado de Santa Catarina está habilitado a exportar carne suína para o mercado sul-coreano, justamente por já possuir esse status sanitário. No entanto, com o avanço no reconhecimento de novas regiões, a expectativa do setor é ampliar a base exportadora para atender à nova cota isenta.
No primeiro trimestre de 2025, o Brasil exportou 3,7 mil toneladas de carne suína para a Coreia do Sul, o que coloca o país como o 16º destino das vendas brasileiras. Ainda assim, o potencial de crescimento é expressivo. Com um consumo per capita de cerca de 29 quilos por ano, o mercado sul-coreano é altamente atrativo para os produtores brasileiros, especialmente aqueles com excedente em busca de mercados premium.
Fonte: ABPA