O mercado mundial de carne suína sofreu fortes mudanças nos últimos três anos, como resultado de choques não apenas do lado da demanda (Covid-19 e queda do poder de compra da população), mas também do ponto de vista da oferta devido a:
- Peste suína africana,
- Aumento dos custos de produção,
- Interrupção da cadeia de abastecimento.
Inicialmente, vimos um desequilíbrio entre os níveis globais de oferta e demanda, em que a forte queda na produção gerou preços recorde do suíno vivo e elevou as margens de produção em praticamente todas as regiões.
Dessa forma, após dois anos de redução na produção mundial de carne suína (2019 e 2020), impulsionada principalmente pela China e por desafios internos com a peste suína africana, a recomposição do rebanho suíno chinês em 2021 permitiu a recuperação da oferta mundial.
O resultado inevitável do cenário é a maior pressão sobre o comércio mundial desta proteína, o que também provocou uma queda nos preços do suíno vivo.
Como resultado, a atratividade da produção foi afetada negativamente e importantes mercados como China e Brasil já adotaram medidas para reduzir o ritmo de produção, afetados principalmente por um cenário de incerteza e volatilidade, mesmo que a curto prazo.
Em relação ao mercado brasileiro, a atual queda acentuada na rentabilidade do setor produtivo é resultante dos anos entre 2019 a 2021 marcados pelo forte aumento na produção, com foco em atender à crescente demanda chinesa, mas também atendendo uma maior demanda interna de carne suína. No entanto, no final de 2021, os níveis de oferta excederam a demanda, assim como os preços dos grãos subiram.
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