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 Estudo demonstra economia de 69% ao reduzir uso de antimicrobianos na prevenção de Enteropatia Proliferativa Suína

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 Estudo demonstra economia de 69% ao reduzir uso de antimicrobianos na prevenção de Enteropatia Proliferativa Suína

Um estudo realizado com leitões de uma integradora de suínos no Brasil avaliou a vacinação e o uso profilático de antimicrobianos como estratégias para prevenir a Enteropatia Proliferativa Suína (EPS) durante as fases de creche e crescimento-terminação. Os resultados foram publicados neste início de ano e mostraram as diferenças conquistadas no experimento a campo com um grupo de leitões vacinados contra L. intracellularis (VNMED) em comparação a um grupo de leitões vacinados e medicados com antimicrobianos (VMED) e um grupo de não vacinados, mas medicados com antimicrobianos (NVMED). As análises consideraram o desempenho clínico, zootécnico e o perfil imunológico.

Primeiramente, vale destacar que a EPS é uma doença endêmica economicamente importante para a suinocultura, de alta prevalência mundial. O agente etiológico, Lawsonia intracellularis, pode afetar tanto leitões com mais de 4 meses quanto leitões jovens, de 6 a 20 semanas de idade. A doença tem a forma clínica aguda (Enteropatia Hemorrágica Suína), causando altas taxas de mortalidade devido à diarreia hemorrágica, e a forma clínica crônica (Adenomatose Intestinal Suína), que, apesar de resultar em baixa taxa de mortalidade, causa perdas significativas no desempenho do crescimento.

Uma das abordagens de controle para a Enteropatia Proliferativa Suína é o uso de vacinas licenciadas, que são três atualmente disponíveis no Brasil, como a Porcilis® Ileitis e Porcilis® Lawsonia ID, da MSD Saúde Animal. Outra opção de controle é por meio do uso profilático de antimicrobianos, que são incluídos na ração fornecida aos animais. Diante disso, a associação de vacinas contra L. intracellularis ao tratamento antimicrobiano profilático é amplamente aplicada em rebanhos suínos, mas não necessariamente o melhor caminho.

A interação entre antimicrobianos e vacinas, além dos efeitos antibióticos, pode modular a resposta imune, suprimir a resposta imune humoral pós-vacinal ou afetar negativamente a resposta mediada pelas células. Segundo dados do estudo, cerca de 73% de todo antimicrobiano vendido no mundo é utilizado na produção animal – em 2020, foi estimado em 99.502 toneladas de ingredientes ativos.

De acordo com Marco Aurélio Gallina, médico-veterinário, gerente comercial da unidade de negócios de Suinocultura da MSD Saúde Animal e um dos responsáveis pelo experimento publicado, a mitigação da resistência antimicrobiana em animais, humanos e no meio ambiente depende principalmente da redução da necessidade do uso de antimicrobianos.

“A resistência antimicrobiana, que é um dos desafios globais que a produção animal intensiva precisa colaborar em seu enfrentamento, é de suma importância e o estudo detalhou justamente como a redução desse consumo impacta em economia e atende à premissa One Health de redução do uso de antimicrobianos na produção animal”, diz.

Resultados

Para controlar a infecção por L. intracellularis, os suínos podem utilizar respostas imunes humorais (anticorpos) e celulares, e essas respostas podem ser moduladas durante o processo natural de infecção ou pela vacinação. Dados do estudo mostram que os leitões que receberam a vacina Porcilis® Ileitis apresentaram significativamente mais anticorpos do que aqueles não imunizados. Além disso, o uso da vacina para prevenir a EPS reduziu o consumo de antimicrobianos e os custos relacionados em 69%, sem prejuízos nos resultados de produção.

A redução nos custos daqueles somente vacinados em comparação aos animais que recebem vacinação e medicação chega a ser cerca de 3 vezes inferior. Do mesmo modo, na comparação dos grupos que somente receberam a vacinação com os que foram somente medicados, foi constatada a mesma redução de valor, sinalizando a possível não necessidade do uso combinado da vacina com o antimicrobiano. “A estratégia de somente vacinar (VNMED) levou a uma economia de US$ 1.156,0 ou US$1.116,8 por grupo, em comparação com a abordagem de grupos não vacinados, mas medicados (NVMED) ou vacinados e medicados com antimicrobianos (VMED)”, detalha Gallina.

Em resumo, os dados gerais encontrados no experimento sugerem que o uso exclusivo dos protocolos de vacinação e medidas de biossegurança adequadas são suficientes para garantir o desempenho satisfatório de saúde e crescimento, reduzindo, portanto, a necessidade do uso profilático de antimicrobianos na produção suína para casos de EPS.

“O uso de vacina inativada contra L. intracellularis para prevenir Enteropatia Proliferativa Suína é uma estratégia eficaz para reduzir o uso profilático de antimicrobianos. A substituição do programa de medicamentos pela vacinação não alterou os parâmetros zootécnicos, no entanto, reduziu significativamente os gastos com antimicrobianos, aumentando a lucratividade da operação”, complementa Gallina.

Há mais de 130 anos, a MSD cria invenções para a vida, trazendo ao mercado medicamentos inovadores para combater as doenças mais desafiadoras. A MSD Saúde Animal, uma divisão da Merck & Co., Inc., é a unidade global de negócios de saúde animal da MSD. Por meio do seu compromisso com a Ciência para Animais mais Saudáveis, a MSD Saúde Animal oferece a médicos-veterinários, pecuaristas, donos de pets e governos uma grande variedade de produtos farmacêuticos veterinários, vacinas, soluções e serviços de gestão de saúde, além de um amplo conjunto de tecnologia conectada que inclui produtos voltados à identificação, à rastreabilidade e ao monitoramento. A MSD Saúde Animal é dedicada a preservar e melhorar a saúde, o bem-estar e o desempenho dos animais e das pessoas. Investe amplamente em recursos de P&D e em uma cadeia de suprimentos moderna e global. A empresa está presente em mais de 50 países e seus produtos estão disponíveis em cerca de 150 mercados. Para obter mais informações, visite nosso site e conecte-se conosco no LinkedIn, Instagram e Facebook.

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