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Fim da vacinação contra aftosa em SP exigirá atualização de rebanhos até 7 de junho

Fim da vacinação contra aftosa em SP exigirá atualização de rebanhos até 7 de junho. Emissão da GTA ficará bloqueada para propriedades que não fizerem a declaração obrigatória no sistema GEDAVE

A partir deste ano, com o fim da obrigatoriedade da vacinação contra febre aftosa em São Paulo, produtores rurais passam a ter uma nova exigência sanitária: a atualização obrigatória de rebanhos no sistema GEDAVE. O prazo para cumprir a medida vai até o dia 7 de junho, e a Guia de Trânsito Animal (GTA) somente será emitida para propriedades que estiverem com as informações devidamente atualizadas.

A campanha é coordenada pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de SP, e exige que os proprietários declarem todas as espécies presentes na propriedade — incluindo bovinos, búfalos, suínos, ovinos, caprinos, equinos, asininos, aves, peixes, colmeias de abelhas e até bicho-da-seda.

“A atualização de rebanhos é de fundamental importância para que a Defesa Agropecuária faça um monitoramento eficaz em relação à sanidade dos rebanhos paulistas, além de ser um balizador para identificar e controlar com maior agilidade um possível surto de doenças que podem trazer prejuízos econômicos aos produtores”, explica Luiz Henrique Barrochelo, médico-veterinário e coordenador da Defesa Agropecuária do Estado.

A declaração pode ser feita online, pelo sistema GEDAVE, ou presencialmente em uma das Unidades da Defesa Agropecuária. Também é possível enviar o formulário por e-mail, seguindo as orientações disponíveis no site da Secretaria.

A exigência está diretamente relacionada ao novo modelo sanitário adotado com a retirada da vacinação contra a febre aftosa, que será oficializada para o Brasil no dia 29 de maio, durante a 92ª Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Com o reconhecimento, o país passará a ser considerado livre de febre aftosa sem vacinação — um dos mais altos patamares sanitários internacionais.

Esse avanço, no entanto, vem acompanhado de novas obrigações. Conforme já publicado pela suínoBrasil, surtos anteriores da doença resultaram na suspensão de até 87% das exportações de carne, afetando diretamente a suinocultura nacional. Evitar a reintrodução do vírus agora depende de ações integradas de biossegurança, vigilância ativa e controle de trânsito animal.

O Conselho Federal de Medicina Veterinária e a OMSA reforçam que a manutenção do novo status sanitário exige a participação ativa de toda a cadeia produtiva. A atualização cadastral dos rebanhos é uma das primeiras medidas práticas dessa nova fase da defesa sanitária brasileira.

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