O atual cenário da suinocultura em relação às matrizes suínas exibe fêmeas de alta prolificidade, em função do melhoramento genético obtido ao longo dos anos.
Em 2021, o Brasil produziu 4,7 milhões de toneladas de carne suína, gerando um valor bruto de produção de mais de 31 bilhões de reais (ABPA, 2021).
Neste mesmo ano, as dez melhores granjas do país produziram, em média, 15,47 leitões nascidos vivos e 37,16 desmamados/fêmea/ano (AGRINESS, 2021).
Apesar disso, a hiperprolificidade das matrizes tem trazido grandes desafios para o sistema de produção, tais como:
- Maior variabilidade de peso ao nascimento dos leitões e
- Aumento no número de leitões com crescimento intrauterino retardado (CIUR) e natimortos.
Além disso, outro fator importante é o aumento no número de leitões excedentes nas granjas de alta prolificidade.
O sistema de leitões excedentes é caracterizado como o número de leitões nascidos a mais comparado com o número de tetos funcionais das matrizes.
Esses mesmos leitões apresentam baixos estoques de glicogênio, o que explica sua baixa vitalidade para garantir a ingestão adequada do colostro (THEIL et al., 2012), ocasionando redução da imunoproteção passiva e ativa, predispondo esses animais a quadros de diarreias, e efeitos consistentes a longo prazo, como maior morbidade-mortalidade e taxas de crescimento prejudicadas pré e pós-desmame (MORAES et al., 2022).
O desafio é:
O que faremos com esses leitões excedentes?
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