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Definindo padrões para uma suinocultura sustentável

Escrito por: Carlos Martins - Formado em Eng. Zootécnica pela Universidade Técnica de Lisboa (Portugal) com Mestrado em Produção Animal pela mesma instituição. Possui Formação Profissional Qualificada em Agricultura e Pecuária pela Citaverde College - Herten, Holanda. , Rodolfo Oppitz Ferreira - Médico veterinária formado pela Universidade de Passo Fundo (UPF). Possui MBA em Economia e Gestão Empresarial pela FGV Mestrando em Bioexperimentação - Microbiologia e Imunologia pela Universidade de Passo Fundo (UPF).

Definindo padrões para uma suinocultura sustentável

O que significa “definir o padrão”? Padrões pessoais, padrões do negócio, padrões de produto? Por exemplo, quando você vai a um restaurante e pede a sua carne preferida, você sempre vai se lembrar do restaurante que serviu a melhor carne que você já comeu. Nesse momento, aquele restaurante definiu o padrão. Todas as outras carnes que você vai comer serão comparadas com a que foi definida como padrão.

Em um novo mundo de transparência, movido por uma conectividade cada vez maior, temos a oportunidade de construir a nossa marca, criar e construir a nossa reputação e definir padrões. Atualmente, não existem padrões para a produção animal sustentável, mas acreditamos que temos a oportunidade de liderar esse movimento e definir esse padrão.

 

POR QUE PRODUÇÃO ANIMAL SUSTENTÁVEL?

A produção animal sustentável é necessária para alimentar a população global em crescimento. A melhor abordagem é encará-la como um desafio, cuja decisão tem múltiplos critérios, otimizando uma combinação equilibrada de indicadores referentes a todos os tópicos da sustentabilidade.

A segurança alimentar, o bem-estar animal, o impacto ambiental, o consumo responsável e o bem-estar da sociedade são dispostos em contextos diferentes dependendo da região e do país. Isso torna o nosso trabalho como empresa de melhoramento genético mais desafiador, mas também mais recompensador.

Ao selecionarmos animais que se adaptam a todas as realidades ou para o grupo certo de consumidores, criaremos a combinação certa de tópicos de sustentabilidade e manteremos a nossa missão de apoiar o desafio alimentar global.

 

SUSTENTABILIDADE

A sustentabilidade, em todas as suas dimensões, será crucial para o futuro da produção de proteína animal. Nosso foco é garantir que os nossos animais prosperem em sistemas que favoreçam o bem-estar e que sejam mais resistentes e resilientes.

Além disso, com a necessidade de reduzir a pegada de carbono do nosso planeta, é importante continuar a selecionar animais eficientes que contribuam com emissões de carbono ainda menores. Tudo isso deve ser equilibrado com a necessidade de oferecer proteína acessível para muitas áreas em desenvolvimento no mundo.

Não só isso, mas os consumidores esperam ter acesso a uma carne suína mais saborosa, com comprovação de alta qualidade na produção e transparência de que os animais tenham sido criados levando em conta altos padrões de saúde e bem-estar.

 

COMO SERÁ A PRODUÇÃO DE SUÍNOS DE AMANHÃ?

Como o nosso setor pode ser transformado para buscar uma maior sustentabilidade econômica, social e ambiental?

Talvez essas sejam as perguntas que muitos de nós nos fazemos, e nós da Hypor, repensamos a forma de selecionar nossos animais e estamos estabelecendo os padrões de uma indústria suinícola sustentável.

A suinocultura terá que se transformar em uma atividade economicamente viável em toda a sua cadeia de valor, aceita pela sociedade e sustentável do ponto de vista ambiental.

A economia é realmente importante, tanto para garantir a força do setor suinícola, quanto para estimular o desenvolvimento em cada uma das fases de produção.

Assim, o comportamento das matrizes, sua adaptabilidade, longevidade, autonomia no momento do parto, sua capacidade de desmame, além da sua eficiência reprodutiva, são aspectos fundamentais se quisermos uma suinocultura com um futuro brilhante.

A qualidade e uniformidade dos leitões ao nascimento resultará em animais mais uniformes ao longo da sua vida, com um crescimento mais sólido e uma taxa de conversão alimentar mais sustentável, resultando em menores perdas para o suinocultor. Tudo isso aliado a:

Que os animais consigam “fazer o trabalho” por si mesmos, com menor necessidade de intervenção, é um elemento fundamental para a sustentabilidade na suinocultura, até porque encontrar mão de obra é um desafio cada vez maior nas granjas ao redor do mundo. Isso também inclui poder contar com fêmeas que se adaptem a qualquer sistema de alojamento e a todas as exigências atuais e futuras que a sociedade exigirá do ponto de vista do bem-estar animal.

A eficiência reprodutiva é um fator decisivo em todas as granjas, e dentre os principais aspectos que podemos elencar estão:

Para se obter sucesso nestes pontos, a rusticidade e a adaptabilidade dos animais têm grande relevância. E para a Hypor, a seleção para estas características resulta em taxas de mortalidade muito baixas (matrizes e cevados), que fazem toda a diferença ao nível de sustentabilidade econômica, social e, também, ambiental.

Se quisermos analisar a sustentabilidade do ponto de vista dos leitões, o equilíbrio será o caminho a seguir.

É claro que a produtividade numérica é fundamental, mas há muitos outros fatores que teremos de considerar para que a atividade seja sustentável. Por isso, ao longo de anos de seleção, preocupamo-nos que as leitegadas sejam realmente uniformes e que os nossos leitões tenham um peso que garanta a sua sobrevivência e a excelência no seu desempenho futuro.

O peso médio ao nascimento que temos como padrão de sustentabilidade é de 1,5kg, isso em leitegadas uniformes. Então, essas duas características “inconfundíveis” das leitegadas Hypor resultam em:

O resultado é um menor investimento em mão de obra e recursos financeiros para desmamar os leitões, permitindo a utilização plena dos espaços de maternidade, os mais “caros” de toda a granja.

Tudo isso não seria possível, se não contássemos com uma matriz com uma incrível capacidade de desmame. Nossa matriz Libra, produz uma quantidade superior de colostro com significativamente mais gordura (fonte de energia para os leitões) e possui 16 tetas funcionais, devidamente distribuídas, esse é o nosso padrão. Características que fazem com que consiga desmamar os seus próprios leitões com facilidade.

Assim, temos um padrão de sustentabilidade de 16 leitões nascidos totais – 15 leitões nascidos vivos – 14 leitões desmamados.

Como parte da cadeia, compartilhamos o desafio de reduzir o impacto ambiental da suinocultura, e quando se trata de medir a taxa de conversão alimentar, é mais sustentável adicionar o impacto ambiental à equação e passar a falar em taxa de conversão alimentar sustentável.

Tendo em conta que nos últimos anos os custos das matérias primas estão a bater todos os recordes históricos. Sem falar da competição que existe entre o consumo destes insumos para a alimentação humana, animal e para a produção de energia.

Assim, é necessário continuar a investigar e aprimorar o uso mais eficiente dos recursos, os efeitos de ingredientes alternativos e programas de alimentação que gerem menos emissões e também melhorar a eficiência na gestão da água, nosso bem mais precioso e escasso.

Na Hypor estamos estabelecendo o padrão de uma suinocultura sustentável. Quer ser parte do futuro conosco?

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