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Índice de Custo de Produção do Suíno Paulista – Abril/2021

Escrito por: Augusto Hauber Gameiro - Engenheiro Agrônomo, Contador e Administrador, Doutor em Economia Aplicada, Professor Associado no departamento de Nutrição e Produção Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP) , Camila Raineri , César Augusto Pospissil Garbossa , Guilherme Fonseca Boldrin Jonas , Heng Li Kao Junior , Laya Kannan Silva Alves

 

Na edição de abril do Índice de Custo de Produção do Suíno Paulista (ICPS) observou-se uma redução nos custos de produção do cevado no estado de São Paulo, em comparação ao mês anterior, março. Para as granjas de ciclo completo representativas ICPS500 e ICPS2000 esta diminuição no custo foi de 8,35% e 9,01%, respectivamente conforme demonstrado na Tabela 1.

 

Para a ICPS500 os custos variáveis (CV), fixos operacionais (CFOP) e custos de oportunidade (CO) sobre o capital e a terra representaram, respectivamente, R$ 6,49, R$ 1,03 e R$ 0,60 por quilograma de cevado produzido. Ao passo que, para a ICPS2000, a participação dos custos CV, CFOP e CO na composição do custo total foi de R$ 6,26, R$ 0,68 e R$ 0,54, nesta mesma ordem, por quilograma.

A participação destes custos no custo total pode ser observada na Tabela 2. O custo de oportunidade do capital e da terra é um custo da suinocultura, no entanto, se os fatores de produção forem próprios, este valor se torna uma receita para o produtor, uma vez que é composto pelas remunerações do capital próprio investido na atividade.

O custo com alimentação do plantel foi o que mais impactou no custo total do suíno paulista, representando 67,8% para a ICPS500 e 73,0% para a ICPS2000. A participação dos principais itens de custo sobre o custo total pode ser observada na Tabela 3.

De modo geral, a suinocultura é dependente do preço das commodities – milho e farelo de soja (principais matérias primas utilizadas na alimentação dos animais) – o que faz com que os produtores fiquem vulneráveis, uma vez que este preço não pode ser controlado internamente.

Em abril houve aumento de 5,2% no preço do milho. No entanto, o farelo e o óleo de soja apresentaram redução de preços na ordem de 1,9% e 9,3%, respectivamente. Portanto, apesar do milho continuar em alta no mercado interno, o farelo e o óleo de soja tendem a equilibrar os preços finais das rações.

Em relação aos animais de reposição, identificou-se a desvalorização de fêmeas e machos reprodutores em comparação ao mês anterior, sendo 35% de queda no preço das marrãs e 10% no preço do cachaço.

No quarto mês do ano o indicador fechou em queda de 5,14 pontos percentuais para o ICPS500 e de 5,80 pontos percentuais para o ICPS2000.

O atual cenário da relação de troca de insumos para os suinocultores e volatilidade dos preços de venda demonstra que este será mais um ano desafiador ao setor, o que exigirá do produtor controle absoluto sobre sua produção e uso estratégico dos fatores de produção.

Ressalta-se a importância da gestão e controle dos custos de produção para a maximização dos resultados e embasamento à tomada de decisão estratégica. Para calcular os custos do seu sistema basta solicitar nosso modelo gratuitamente. Ainda, é possível acompanhar a evolução dos custos do suíno paulista mensalmente, basta se inscrever para receber o informativo enviando um e-mail para icps@usp.br. Acesse as edições anteriores clicando aqui.

Fonte: Laboratório de Análises Socioeconômicas e Ciência Animal (LAE/FMZ/USP), do Laboratório de Pesquisa em Suínos (LPS/FMVZ/USP)

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