Infecções urinárias em porcas: Cenário atual e importância das análises de urina no controle eficaz destas infecções
As porcas são frequentemente afetadas por infecções do trato urinário (ITU). Estas infecções são ascendentes e causadas por bactérias da microbiota fecal e, em 90% dos casos, cepas uropatogênicas de Escherichia coli, isoladamente ou em conjunto com outras bactérias, são a causa da infecção.
A prevalência de ITU em porcas na década de 1990 era de 29% (Alberton et al., 1998).
Desde então, ocorreram muitas mudanças no manejo e nas instalações, que reduziram os fatores de risco.
Assim, avaliações de campo realizadas entre 2020 e 2023 mostraram que a prevalência média de ITU em granjas tecnificadas é de 5% (Bach et al., 2021). Entre os fatores que contribuíram para esta redução estão:
- O uso de inseminação artificial
- Gaiolas de gestação com piso ripado
- Os bebedouros mais eficientes e
- A melhor qualidade de água potável
Embora o cenário atual em relação às ITUs seja muito melhor do que no passado, as práticas de controle que eram aplicadas em situações de alta prevalência dessas infecções continuam a ser adotadas; destacando o uso da antibioticoterapia na alimentação.
Esta prática teve o seu valor no passado, mas a sua utilização já não se justifica hoje, pois torna desnecessário o uso de uma grande quantidade de antibióticos na produção, para todas as porcas do rebanho, quando apenas um pequeno número de porcas necessita ser medicado.
Além de promover disbiose em porcas e, consequentemente, em leitões, esta técnica é mais cara e menos eficaz no controle das ITUs.
Portanto, o objetivo deste artigo é apresentar recomendações sobre como realizar análise de urina com tiras reagentes e medicação individual dependendo do diagnóstico; e mencionar algumas vantagens que esses procedimentos apresentam em relação à terapia em massa.
Mantenha-se atualizado com nossas newsletters
Receba a revista gratuitamente em versão digital
CADASTRO
ENTRE EM
SUA CONTA
ENTRAR
Perdeu a senha?