Ícone do site suino Brasil, informações suino

JBS adota estrutura global e mira crescimento com mais investimento na suinocultura

Crédito: Mediaroom/JBS

Crédito: Mediaroom/JBS

JBS adota estrutura global e mira crescimento com mais investimento na suinocultura
A JBS anunciou uma mudança estratégica que pode marcar um novo capítulo para a companhia e para o setor de suínos: a adoção de uma estrutura global que permitirá à empresa captar investimentos no Brasil e nos Estados Unidos, sem alterar suas operações industriais. A medida busca ampliar a competitividade da companhia frente aos gigantes mundiais da proteína animal e pode abrir caminho para mais recursos em áreas estratégicas, como a suinocultura.
De acordo com o Fato Relevante divulgado em 22 de abril, a nova estrutura envolve a criação da JBS N.V., uma holding sediada na Holanda, que passará a controlar a atual JBS S.A. Essa nova empresa terá suas ações negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE), enquanto os investidores brasileiros continuarão tendo acesso aos papéis por meio de BDRs – certificados que representam ações estrangeiras.
“A dupla listagem permitirá ampliar nossa base de investidores, reduzir o custo de capital e fortalecer a governança, criando condições para acelerar nossa estratégia de crescimento”, informou a JBS.
A suinocultura brasileira pode se beneficiar indiretamente dessa mudança. Com maior acesso a capital internacional e redução da dependência de dívidas, a empresa sinaliza a possibilidade de novos investimentos em infraestrutura, pesquisa genética, bem-estar animal e sanidade — áreas sensíveis e prioritárias para o avanço do setor.
Além disso, a governança mais robusta exigida pelo mercado norte-americano tende a se refletir em práticas ainda mais rigorosas no campo da sustentabilidade, rastreabilidade e transparência — aspectos cada vez mais cobrados por consumidores e importadores de carne suína.
Importante destacar que, segundo o comunicado, a reorganização societária não implica em alterações na operação da JBS no Brasil. Todos os ativos, unidades fabris, equipes e parceiros continuam como estão. A expectativa é que, com a concretização do processo, a empresa esteja mais bem posicionada para disputar mercados internacionais e garantir competitividade de longo prazo.
A decisão será votada em Assembleia Geral Extraordinária marcada para o dia 23 de maio. Caso aprovada, a empresa deixará de ter ações negociadas na B3, passando a operar com BDRs no mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que estreia na NYSE (New York Stock Exchange).
Sair da versão mobile