JBS começa a negociar ações na Bolsa de Nova York dia 12/06. Nova fase marca presença global da empresa e muda forma de investir no Brasil
A partir desta quarta-feira (12/06), as ações da JBS passam a ser negociadas na Bolsa de Nova York (NYSE), com o código JBS. A mudança marca uma nova etapa na história da companhia, que agora passa a contar com sede societária na Holanda e com estrutura voltada ao mercado financeiro internacional.
A alteração faz parte da chamada dupla listagem, aprovada por órgãos reguladores do Brasil e dos Estados Unidos. Com isso, as ações da antiga JBS S.A., antes negociadas na B3, deixaram de existir na forma tradicional. Em substituição, os investidores brasileiros passaram a negociar BDRs (Brazilian Depositary Receipts) da nova holding, chamados JBSS32, que começaram a ser listados na B3 nesta segunda-feira (09/06).
Cada BDR representa uma ação da JBS N.V., e os acionistas da antiga estrutura brasileira receberam um BDR para cada dois papéis que possuíam. Para quem investia por meio de ADRs (na Bolsa americana), a conversão foi de 1 para 1.
A empresa informa que a nova estrutura tem como objetivo ampliar o acesso a fontes de financiamento, atrair investidores de fora e reduzir custos para viabilizar novos investimentos. “A medida deve destravar ainda mais valor da JBS e ampliar a capacidade de crescimento”, afirmou o diretor financeiro Guilherme Cavalcanti.
Entre os dias 11/06 e 11/07, os investidores que desejarem cancelar seus BDRs e negociar diretamente as ações da JBS na NYSE poderão fazer isso sem pagar taxas de conversão. A operação será custeada pela própria companhia e, para participar, é necessário ter conta aberta em uma corretora dos Estados Unidos.
Apesar da mudança estrutural, a JBS mantém normalmente suas atividades no Brasil. A empresa segue operando suas unidades industriais, centros de distribuição e programas de parceria com integrados. Também continua investindo em áreas como bem-estar animal, sanidade, sustentabilidade e inovação tecnológica, com impacto direto para o setor produtivo nacional.
Presente em mais de 180 mercados e com produção em 17 países, a JBS é uma das líderes globais em proteínas e segue sendo um dos principais agentes do agronegócio brasileiro.