Minerva reduz dívida em dólar e fortalece posição no mercado de proteínas
A Minerva S.A., uma das maiores exportadoras de carne bovina da América do Sul, anunciou a recompra de mais de US$ 300 milhões em títulos da dívida externa. O movimento tem como objetivo reduzir o endividamento em dólar, aliviar os custos financeiros da companhia e fortalecer o caixa para os próximos passos estratégicos.
A notícia é positiva não apenas para o mercado de bovinos, mas para toda a cadeia de proteína animal, incluindo a suinocultura. O volume recomprado em 2025 chega a US$ 309,1 milhões, e a operação foi viabilizada com os recursos levantados no recente aumento de capital da empresa — que já captou mais de R$ 1,7 bilhão junto aos seus acionistas. Esses valores ainda podem aumentar com a rodada final de subscrição de ações em aberto até 9 de junho.
Para quem está no setor de suínos, o recado que fica é de confiança, considerando que quando uma empresa com peso nas exportações brasileiras reforça sua saúde financeira, há reflexos diretos e indiretos em todo o ambiente de negócios. Isso pode significar, por exemplo, continuidade de contratos, menos pressão sobre custos logísticos compartilhados e maior estabilidade em mercados estratégicos de destino, como China e Oriente Médio.
“Estamos buscando uma estrutura de capital mais eficiente, com menos alavancagem e menor custo financeiro, o que nos permite manter foco no nosso crescimento sustentável”, afirmou Edison Ticle, diretor financeiro da Minerva, em comunicado oficial.
Ao reduzir sua exposição cambial e reorganizar dívidas, a Minerva reforça sua capacidade de atravessar períodos de oscilação econômica sem comprometer investimentos. Para quem atua na suinocultura — como fornecedor, comprador ou parceiro comercial — esse tipo de movimento contribui para manter a previsibilidade e a solidez do setor.