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Otimizando a saúde intestinal e reduzindo os custos das dietas de suínos com o uso da Protease Jefo

Escrito por: Dr. Heitor Vieira Rios - Especialista em Serviços Técnicos Aves e Suínos LATAM – Jefo , Dra. Marcia de Souza Vieira - Especialista em Serviços Técnicos Aves e Suínos LATAM – Jefo

Otimizando a saúde intestinal e reduzindo os custos das dietas de suínos com o uso da Protease Jefo

A proteína representa aproximadamente 10-30% do total dos componentes da dieta suínos. Cerca de 10% e 20% da proteína presente nessas dietas não é utilizada pelos animais (Figura 1). Essa fração de proteína não utilizada pelo animal terá dois destinos principais:

Uma melhor utilização da proteína alimentar pode ser alcançada com ferramentas tecnológicas, como proteases exógenas. 

As proteases exógenas permitem a utilização de dietas com baixa proteína bruta e aminoácidos, resultando em:

Figura 1. Digestibilidade proteica de diferentes matérias-primas utilizadas em dietas para suínos. Fonte: Tabelas Brasileiras de Aves e Suínos, 2024 (Rostagno et al., 2024).

No entanto, existem variações dentro da classe de proteases exógenas. As diferenças podem ser caracterizadas segundo a atividade proteolítica (monocomponente vs multicomponente).

 Uma protease monocomponente é composta por uma única protease e/ou exibe uma única atividade proteolítica, enquanto a protease multicomponente apresenta mais de uma atividade proteolítica. 

A protease multicomponente tem a vantagem de atuar em um amplo espectro de ingredientes convencionais e alternativos, incluindo ingredientes de origem vegetal e animal. 

Dessa forma, a Protease Jefo, uma protease multicomponente, oferece diversas vantagens e maior flexibilidade ao nutricionista, ampliando suas ferramentas e permitindo a utilização de diferentes estratégias nutricionais (Figura 2).

Figura 2. Principais características e vantagens da Protease Jefo.

Um melhor aproveitamento da proteína dietética também é de interesse veterinário. A fração da proteína não digerida pelas proteases endógenas é fermentada pela microbiota intestinal, o que favorece a proliferação de bactérias potencialmente patogênicas e sua presença no ambiente da granja. 

Devido ao seu amplo espectro de ação, a Protease Jefo pode atuar sobre a fração que escapa da digestão convencional, reduzindo a quantidade de proteína disponível para ser fermentada por bactérias patogênicas. 

Além disso, diversas fontes proteicas, como o farelo de soja, são ricas em fatores antinutricionais, como os inibidores de tripsina e as proteínas alergênicas. Estes fatores reduzem a digestibilidade da dieta, causam inflamação e aumentam a permeabilidade intestinal. 

O aumento da inflamação intestinal pode causar uma superestimulação da resposta imune, enquanto o aumento da permeabilidade intestinal pode resultar em uma translocação de bactérias e toxinas desde o lúmen intestinal até a corrente sanguínea e outros órgãos, causando doenças sistêmicas. 

A Protease Jefo hidrolisa estes fatores antinutricionais, transformando-os em nutrientes para o animal, promovendo um ambiente intestinal mais saudável, melhorando a qualidade da microbiota, reduzindo os custos associados à inflamação e otimizando o desempenho. 

A Protease Jefo também é uma ferramenta valiosa para mitigar os impactos negativos do estresse por calor. 

Em situações de estresse por calor, observa-se uma diminuição na produção de enzimas endógenas e da expressão de proteínas de união estreita (proteínas responsáveis ​​pela manutenção da integridade intestinal e pela redução da permeabilidade intestinal). 

O uso da Protease Jefo pode compensar a baixa atividade enzimática endógena e melhorar a eficiência de utilização proteica, reduzindo a produção de calor metabólico e favorecendo a manutenção da integridade intestinal.

Devido aos seus diversos benefícios, a Protease Jefo pode ser utilizada em todas as etapas da produção e em diversos tipos de dietas, de acordo com a estratégia desejada. 

Por exemplo, a Protease Jefo pode ser utilizada “on top” em uma dieta de baixa digestibilidade ou com ingredientes alternativos com o objetivo de promover a saúde intestinal e melhorar o desempenho (Figura 3a). 

Figura 3a – Desempenho de leitões alimentados com uma dieta
de baixa digestibilidade (maior inclusão de farelo de soja e menor
inclusão de proteínas de origem animal em relação à dieta padrão),
Zuo et al., 2015.

Esta é uma estratégia altamente eficaz, especialmente em animais jovens, os quais apresentam baixa produção de proteases endógenas e são alimentados com dietas contendo elevados níveis de proteína bruta.

Outra opção é utilizar a Protease Jefo com dietas reduzidas em proteína bruta e aminoácidos com o objetivo de reduzir os custos de alimentação (Figura 3b).

Figura 3b – Desempenho de suínos em crescimento-terminação
alimentados com uma dieta de baixa proteína bruta (PB) e
aminoácidos (AA), segundo a matriz da Protease Jefo, em relação à
dieta padrão. abP<0,05. xyP<0,10.

Em conclusão, o uso de proteases exógenas é uma ferramenta essencial para a produção moderna de suínos. A estratégia de utilização da protease pode variar dependendo do objetivo desejado, sendo fundamental estabelecer objetivos claros para obter o maior sucesso com seu uso. 

As proteínas são moléculas complexas e as proteases apresentam especificidade para seus substratos. Por isso, o uso da Protease Jefo, a qual foi comprovada eficácia em estudos científicos e a campo pode ser a estratégia mais eficaz para alcançar melhores resultados produtivos.

Referências sob consulta aos autores. 

 

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