A fêmea suína no período periparto é muito suscetível a variações no nível de glicose plasmática.
O parto é um momento crucial e complexo que tem grande influência na produtividade da granja, portanto muita atenção deve ser dada a esse momento a fim de se evitar perdas para o sistema.
Diversos fatores como:
- genética,
- ordem de parto,
- tamanho da leitegada e
- disponibilidade energética
Podem influenciar a duração de parto, que por sua vez tem papel importante na saúde da fêmea e na sobrevivência dos leitões.
Nos sistemas modernos de produção de suínos, as fêmeas têm uma vida extremamente sedentária, o que as torna despreparadas para o desafio físico a que estão sujeitas no período periparto.
Sendo assim, a fêmea suína parturiente está muito suscetível a variações no nível de glicose plasmática, de modo que baixos níveis de glicose plasmática podem aumentar a duração do parto, a natimortalidade e diminuir a vitalidade dos leitões nascidos.
O processo de parto é uma das atividades mais extenuantes durante a vida da fêmea suína. Para realizar esse processo o útero e musculatura abdominal requerem uma quantidade significativa de energia e cálcio, inicialmente o parto é controlado por contrações do útero e em um segundo momento pelo esforço abdominal repetitivo da porca.
Mesmo antes que o parto se inicie as porcas podem ter contrações miometriais de 2 a 12 horas antes que o primeiro leitão seja expulso.
Além das contrações uterinas e musculares, as fêmeas ficam agitadas conforme o parto se aproxima devido a um comportamento instintivo de construção de ninho. Este comportamento de construção de ninho é um instinto natural da fêmea suína. Na natureza as fêmeas constroem o ninho antes do parto para acomodar os filhotes e protegê-los no novo ambiente, porém este comportamento é um fator problemático na suinocultura industrial por promover exacerbada atividade física pela fêmea.
A alta atividade muscular praticada pela fêmea na construção de ninho consome uma grande quantidade das reservas energéticas presentes no organismo, promovendo um maior direcionamento de energia para a musculatura locomotora e diminuindo as reservas de glicose disponíveis para o útero e para a glândula mamária.
A glicose, assim como os triglicerídeos, são as principais fontes de energia utilizadas pelo útero para as contrações no momento do parto, sendo também utilizados para a produção de colostro.
Dessa forma, é necessário que estes nutrientes se apresentem em concentrações adequadas na circulação no momento do parto para evitar possíveis complicações. período periparto |
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Período periparto: Como o perfil energético influencia esse momento?