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Poder de compra frente a insumos de alimentação sobe pelo 5ºmês

Escrito por: Cândida Azevedo - Doutorado pela Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"

Os preços do milho e do farelo de soja, principais insumos de alimentação da suinocultura, seguem em alta. Apesar disso, cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA) mostram que o poder de compra do produtor do estado de São Paulo se mantém em elevação. Segundo pesquisadores, esse movimento de avanço no poder de compra dos insumos, inclusive, vem sendo observado há cinco meses e está atrelado à escalada de preços do suíno.

A forte valorização do animal vivo no mercado independente, por sua vez, se deve à oferta reduzida de animais para abate e às aquecidas exportações da proteína nos últimos meses. Na parcial de setembro, o preço médio do suíno negociado na região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba) já subiu quase 10%.

O mercado de suínos fechou com estabilidade nas cotações nesta quinta-feira (24). Ainda que o mês esteja próximo do final, os preços se mantêm sustentados. Em São Paulo, segundo a Scot Consultoria, a arroba do suíno CIF ficou com preço estável em R$ 148/R$ 150, assim como a carcaça especial, cotada em R$ 11/R$ 11,40 o quilo.

De acordo com o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira, “o mercado segue equilibrado entre oferta e demanda, apesar de estarmos na segunda quinzena do mês”. Por outro lado, os frigoríficos manifestam insatisfação nos preços praticados em virtude das dificuldades por parte das vendas no varejo.

Conforme informações do Cepea/Esalq, referentes à quarta-feira (23), os preços do animal vivo ficaram estáveis nas praças acompanhadas pelo órgão. Em Minas Gerais, o valor ficou fixado em R$ 8,19/kg, R$ 7,60/kg no Paraná, R$ 7,08/kg no Rio Grande do Sul, R$ 7,61/kg em Santa Catarina e R$ 7,98/kg em São Paulo.

Os preços negociados no mercado da suinocultura independente nesta semana ficaram mais perto da estabilidade. As altas em praças pontuais foram leves, o que faz com que lideranças do setor acreditem que as cotações estejam chegando a um teto aceito pelo varejo e pelo mercado consumidor.

Fonte: CEPEA e Notícias Agrícolas.

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