Ícone do site suino Brasil, informações suino

Por que o monitoramento de retorno ao cio em matrizes suínas é importante?

Um estudo com 539 animais nos EUA relatou que, entre 17% e 20% das leitoas fertilizadas tiveram que ser repassadas, ou seja, apresentaram retorno de cio. O mesmo estudo mostra que 22-27% dos animais que apresentaram segundo retorno tiveram um total de três ou mais novos repasses.

Aproximadamente 7% das leitoas cobertas pela primeira vez são mantidas em rebanhos comerciais.

As diretrizes de abate para fêmeas de terceiro repasse nem sempre são estritamente cumpridas, então pode haver um número substancial de fêmeas reprodutoras repetidas (FRR) em rebanhos comerciais, aumentando os dias não produtivos (DNP) e afetando a produtividade do rebanho.

No entanto, não há uma definição clara e consistente para fêmeas reprodutoras repetidas em estudos anteriores.

A reprodução repetida foi caracterizada por fêmeas que apresentaram um retorno de cio, enquanto HRR foi definido por fêmeas com 01 a 04 retornos e eliminadas.

Existem poucas informações sobre as FRRs em rebanhos comerciais, sobre seu desempenho ao longo da vida ou como o desempenho reprodutivo em paridades, antes da ocorrência de um novo serviço, difere dos FRRs.

A re-cobertura foi associada a uma paridade mais baixa. Outros fatores que têm sido associados a uma menor taxa de partos e mais retornos são:

Além disso, o alto risco de aborto espontâneo, que é um dos motivos dos casos de retorno do cio, também está associado a um maior número de leitões natimortos.

No entanto, os fatores de risco para FRRs, bem como seus padrões, não foram examinados em detalhes.

OBJETIVOS:

 

  • Identificar FRRs em rebanhos de reprodução comercial.
  • Caracterizar as FRRs durante a gestação.
  • Quantificar os fatores associados ao risco de FRR.
  • Comparar o desempenho reprodutivo ao longo da vida de FRR e não FRR.
  • Comparar o desempenho reprodutivo de FRRs e não FRRs nas gestações que ocorra a volta ao cio das FRRs

RESULTADOS:

O estudo analisou 93.604 animais, dos quais 1,2% tornaram-se FRR ao longo da vida, com um risco médio de HRR por serviço (± SEM) de 0,26 ± 0,01%.

Os fatores de risco para se tornar FRR foram:

Além disso, as fêmeas de um rebanho de baixa produtividade apresentaram um risco 1,19% maior de FRR do que aquelas de um rebanho de alta produção.

No entanto, a idade das marrãs no primeiro acasalamento (P = 0,08), a duração da lactação (P = 0,05) e o número de leitões natimortos (P = 0,28) não foram associados à FRR.

 

As FRRs tiveram 14,4 – 16,4 menos leitões nascidos vivos, 42,8 – 91,3 mais DNP ao longo da vida e 2,1 – 2,2 paridades mais baixas no abate do que as fêmeas não FRR (P <0,05).

 

CONCLUSÕES

Recomenda-se que os produtores monitorem de perto os grupos de matrizes de alto risco para reduzir seus retornos ao serviço.

Os grupos de alto risco incluem marrãs acasaladas e matrizes de primeiro parto, matrizes recebendo serviço no verão e matrizes com SDI prolongado, especialmente aquelas em rebanhos de baixo desempenho.

 

FONTE:

Tani, S., Piñeiro, C. & Koketsu, Y. Characteristics and risk factors for severe repeat-breeder female pigs and their lifetime performance in commercial breeding herds. Porc Health Manag3, 12 (2017). https://doi.org/10.1186/s40813-017-0059-0

Sair da versão mobile