Produção de carne suína bate novo recorde e exportações se diversificam em 2025, aponta Conab
A produção brasileira de carne suína deverá alcançar 5,56 milhões de toneladas em 2025, estabelecendo um novo recorde para o setor, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). O número representa uma alta de 4,4% comparado a 2024, e é atribuído ao fortalecimento das estratégias comerciais para o mercado interno e à ampliação dos mercados internacionais.
As exportações de carne suína também devem crescer e chegar a 1,45 milhão de toneladas, representando uma alta de 9,7% na comparação com o ano anterior. A mudança no perfil dos importadores é um dos destaques apontados pela estatal.
A China, que em 2020 era destino de 51% da carne suína brasileira, atualmente representa apenas 16% dos embarques. Por outro lado, as Filipinas ganham relevância e hoje respondem por cerca de 20% das exportações.
A disponibilidade interna também será ampliada, com estimativa de 4,13 milhões de toneladas para atender o consumo doméstico — alta de 2,6%.
“A produção de carne suína tem crescido com base na diversificação de cortes para o mercado interno e na abertura de novos destinos de exportação”, afirma Gabriel Rabello, gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab.
O bom desempenho da suinocultura se dá em um contexto de estabilidade para a carne de frango e leve retração para a carne bovina. A produção de frango deverá atingir 15,48 milhões de toneladas em 2025, enquanto a carne bovina deve recuar para 10,52 milhões de toneladas devido à retenção de matrizes, o que configura um novo ciclo pecuário.
Apesar disso, a carne bovina segue valorizada no mercado internacional, com aumento das exportações para os Estados Unidos, que passaram de 8% para 13% do total embarcado. Segundo o relatório, com maior oferta e preços mais competitivos, a carne suína segue se consolidando como uma alternativa estratégica tanto para o consumidor brasileiro quanto para os compradores internacionais.