Em coletiva de imprensa realizada hoje (29) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apresentou as projeções para os setores de avicultura e suinocultura nacional. Diante de um cenário desafiador, os setores mantiveram-se resilientes e a expectativa para produção de carne suína é de mais um ano recorde.
Em 2020 a produção de carne suína registrou com uma produção de 4,436 milhões de toneladas e em 2021 a estimativa é de 4,650 a 4,700 milhões de toneladas, crescimento de 6% em volume em relação ao ano anterior.
A produção de suínos tem sido uma das estrelas do setor. Em 2020 teve um aumento de 30% das exportações e a estimativa para 2021 é de um acréscimo de 12% nas exportações. De acordo com o Presidente da ABPA, Ricardo Santin, esse acréscimo pode ser atribuído ao abate de matrizes na China e à abertura de mercado no Canadá.
O estado de Santa Catarina se beneficia como estado livre de febre aftosa sem vacinação e lidera as exportações nacionais (51%), seguido por Rio Grande do Sul (28%), Paraná (13%) e Mato Grosso (3%).
Entre os principais destinos da carne suína nacional, a China continua como soberana, sendo responsável por 52% das importações seguido de Hong Kong (14%), Chile (6%), Singapura e Uruguai (4%). O presidente da ABPA, Ricardo Santin, ressaltou que “a suinocultura cresce de maneira consistente e há a expectativa de crescimento dos estados do PR e RS como live de febre aftosa sem vacinação e a ABPA tem trabalho juntamente com o MAPA para abertura de mercados exportadores para os estados do PR e RS”, sublinha.
Para o mercado doméstico, espera-se a destinação de até 3,600 milhões de toneladas, número 5,5% maior em relação a 2020, com 3,412 milhões de toneladas. Neste quadro, o consumo per capita deverá chegar a 16,90 quilos, índice 5% superior ao registrado em 2020, com 16,06 quilos.
No mercado internacional, as exportações de carne suína poderão alcançar 1,150 milhão de toneladas, número até 12% maior que as 1,024 milhão de toneladas exportadas em 2020.
Panorama Global da Carne Suína |
Estados Unidos da América
- Baixo estoque em cold storages: Carne suína em armazéns refrigerados ainda está bem abaixo da média de longo prazo;
- Alto custo da ração deve manter a produção moderada no 2º semestre;
- Redução das exportações de carne suína para a China.
Tailândia
- Depois que um novo surto da variante Delta Covid-19 forçou muitas fábricas de suínos a fecharem;
- Um novo bloqueio nas províncias mais atingidas também paralisou a demanda por carne suína, uma vez que as refeições em restaurantes foram proibidas e os wet markets foram fechados.
Europa
- Até junho, a produção de carne suína da UE aumentou em 4% comparado com o mesmo período do ano anterior;
- A Espanha está se consolidando como o novo maior exportador de carne suína no bloco europeu;
- Os altos custos da ração e o abrandamento das exportações devem limitar o crescimento da produção no 3º trimestre;
- Novos surtos de PSA na Alemanha são um novo risco.
China
- A China revisou para baixo sua meta de rebanho de matrizes para o período de 2021-2025;
- Em documento apresentado pelo Ministério da Agricultura, a nova meta é fixada entre 37 milhões e 41 milhões
de matrizes para os próximos 4 anos. O anterior era de 40-43 milhões de cabeças; - Novos focos de PSA continuam a se espalhar pelo território chinês.
Fonte: ABPA e Redação SuínoBrasil.