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PSA na República Dominicana acende alerta em toda a América Latina. Nunca medidas preventivas foram tão importantes

Escrito por: Augusto Heck

Já se passavam quase 40 anos sem notificações da Peste Suína Africana nos países americanos. Portanto, seu aparecimento na República Dominicana representa um alto risco para toda a América Latina”. O alerta é do médico veterinário Augusto Heck, gerente técnico de suínos da Biomin, em palestra para produtores e profissionais ligados à suinocultura na América Latina. Os relatos de casos da PSA são frequentes em países da África, Europa e China.

PSA na República Dominicana acende alerta em toda a América Latina. Nunca medidas preventivas foram tão importantes

 

 

“O problema com a PSA é, sobretudo, do ponto de vista econômico, porque os animais sensíveis ao vírus – grande parte do que temos em nosso continente – são afetados pela severidade da doença, o que leva à mortalidade em massa. Uma vez infectados, a taxa de mortalidade é de 100%”, explica Heck.

 

Além disso, a ocorrência da enfermidade impacta diretamente as exportações de carne suína, já que o risco da introdução da doença em outros países aumenta consideravelmente. “Esse é o ponto-chave dos prejuízos causados pela PSA: a restrição comercial que ela desencadeia”.

 

“Para o controle eficaz da PSA, medidas restritivas precisam ser implementadas o quanto antes, a começar pelo isolamento da propriedade onde ela foi identificada, seguido pelo sacrifício de todos os animais das granjas que apresentaram algum animal do rebanho positivo para a doença ou que estão próximos. A contenção da doença só é possível a partir do esforço coletivo”, ressalta o especialista da Biomin.

A doença, altamente contagiosa, é causada por um vírus que passa de maneira muito rápida de animal para animal. O agente causador tem altas taxas de infecção. Não há risco para os seres humanos, mesmo pelo consumo de carne contaminada ou contato com animais infectados.

 

A chegada do vírus à República Dominicana é uma incógnita. ‘É possível que seja via alimentação dos animais, que pode ter vindo de países com a doença, resultando em contaminação. O vírus tem considerável termoresistência. Assim, há risco até após o processo de cozimento. Além da temperatura, sua resistência também é alta entre os desinfetantes”.

O especialista da Biomin lembra que a contaminação também pode acontecer a partir de secreções orais, nasais, urina ou sangue, que têm alta concentração do vírus. Outro ponto de alerta é a higienização de materiais usados na produção, que podem transportar o vírus para dentro da granja. É o caso de veículos, roupas, equipamentos e calçados.

“Animais domésticos também podem ser transmissores. A quarentena precisa ser pensada pelos países da América Latina, onde a prática não é comum. A chegada de novos animais na granja deve ser encarada como um risco não apenas de PSA, mas também de outras doenças. Não sabemos o que os animais novos podem transmitir. Mantê-los isolados num primeiro momento é a melhor forma de evitar prejuízos econômicos em grande escala”, aconselha o gerente técnico da Biomin.

A biosseguridade externa é uma importante ferramenta ao alcance dos suinocultores, enquanto ainda não há vacina. “Barreiras vegetais têm baixo custo e podem impedir vírus e bactérias de viajar pelo ar de uma granja a outra. O uso de calçados e roupas próprios para entrar na granja, assim como banho ao entrar e sair são essenciais. A contaminação de pneus de veículos é outro problema que pode ser mitigado com um arco de desinfecção na entrada da propriedade. Também é importante ter atenção redobrada à origem dos ingredientes da dieta”, completa Augusto Heck.

 

Fonte: Assessoria de imprensa.

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