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Qualidade do ar e dinâmica da infecção em leitões desmamados

Escrito por: Gema Chacón

No sistema de criação intensiva, as condições ambientais são um ponto crítico para a saúde dos animais, juntamente com o fato do ar ser uma importante via de transmissão de diversos agentes infecciosos.

Condições inadequadas de temperatura, umidade ou concentração de gases representam um fator de risco que leva ao aumento da morbidade, da gravidade dos sintomas associados a uma doença e da mortalidade, comprometendo, notadamente, as taxas de produção como a Conversão Alimentar (CA) ou o Ganho Diário de Peso (GDP).

Nesse contexto, o monitoramento ambiental entra em cena para:

No presente estudo, as condições ambientais e a presença de patógenos no ar foram monitoradas durante o período de transição de uma suinocultura comercial.

Os resultados obtidos foram contrastados com os dados produtivos e a incidência de processos clínicos durante o período experimental.

 

DELINEAMENTO EXPERIMENTAL

Um plantel de 950 matrizes (mestiças comerciais Landrace x Large White) foi selecionado, com sistema de manejo em bandas em três semanas. Todos os leitões do desmame foram transferidos para um galpão de transição localizado a 500 metros da granja de produção.

A edificação é do tipo vagão de trem e possui 10 salas (8 blocos/sala), com capacidade para 300 leitões em cada sala (Figura 1). As baias foram separadas por divisórias de 1,2 m de altura para que leitões de diferentes baias não possam entrar em contato direto.

Figura 1. Projeto de instalação do estudo.

No ano anterior ao estudo havia 4-5% de baixas associadas à PRRS durante a transição, então decidiu-se realizar o vazio sanitário desta fase e o monitoramento ambiental após o repovoamento.

Para o estudo foi selecionada uma sala contendo 298 leitões de fêmeas com diferentes números de paridade. 15 leitões de diferentes baias da sala, foram escolhidos aleatoriamente. Os leitões estavam saudáveis no momento da seleção, e seu peso representou o peso médio do referido lote ao desmame.

Três amostragens separadas foram estabelecidas em intervalos de 10 dias (início, meio e final do período de transição).

 

Os leitões foram pesados no momento do desmame e em cada uma das três coletas, sendo a unidade de estudo representada pelo bloco. A partir daqui, o GDP dos leitões foi mensurado para avaliar seu desempenho.

Uma vez por semana, o estado de saúde dos leitões foi classificado individualmente como clinicamente afetado ou não afetado.

Para isso, foram estabelecidos escores com base na temperatura corporal e na gravidade dos sintomas respiratórios (Tabela 1).

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