As crescentes exigências de boas práticas e bem-estar animal (BEA) na produção de suínos tem motivado as agroindústrias a adequar seus sistemas de produção. O sistema de gestação realizado em celas individuais muitas vezes é definido como um sistema cruel de produção, pois limita as interações e o comportamento espécie específicos das fêmeas.
Desta forma, a busca por opções eficientes de transformação, tem sido um dos principais desafios na adaptação das gestações individuais em gestações coletivas nas granjas de produção intensiva. Alinhado com a demanda do mercado consumidor e visando atender a melhoria dos sistemas de produção, as agroindústrias passaram a assumir compromissos públicos, onde o desafio está na adequação do sistema produtivo, substituindo as celas individuais por sistemas de gestação coletivos.
Sendo assim, observa-se um interesse cada vez maior em entender os reflexos que diferentes momentos de transferência podem provocar no desempenho reprodutivo. Embora o alojamento coletivo permita que a fêmea expresse seu comportamento, sabe-se que há menor controle de consumo individual de alimento, quando este arraçoamento não se dá de forma automatizada, o que pode gerar grande variação na condição corporal e problemas reprodutivos.
Apesar da gestação em grupos ser um dos pontos de grande empatia às boas práticas de produção e um aliado ao bem-estar animal, vários são os questionamentos acerca de seus efeitos sobre a eficiência reprodutiva das fêmeas.
O objetivo deste trabalho foi avaliar parâmetros reprodutivos de leitoas submetidas a diferentes sistemas de alojamento coletivo e formas de arraçoamento durante o período pós-cobertura.
Material e métodos
O experimento foi realizado em granja de produção de leitões desmamados localizada no sul do Brasil estruturada em sistema de bandas quinzenal.
Foram utilizadas 349 leitoas distribuídas em esquema fatorial 2×2, sendo realizadas 10 repetições ao longo do tempo.
O fatorial consistiu em dois momentos de transferência (alojamento) para a baia coletiva, sendo: após concluir o protocolo inseminação artificial (cobre e solta) ou aos 35 dias após o protocolo de inseminação (cobre e fica).
O espaçamento das celas individuais de gestação era de 2,10×0,57 m, enquanto as baias coletivas eram de 4,15×4,90 m onde eram alojados grupos de 9 fêmeas, proporcionando área de 2,25m² por animal. As dimensões de cada MB eram de 48×50 cm (largura/profundidade), de forma que para cada baia foi proporcionado nove espaços, um para cada fêmea.
Resultados e discussão
Conclusão
Leitoas manejadas em grupos coletivos pequenos (9 animais) pode ser utilizado o sistema de arraçoamento sem a divisão em minibox. O manejo de formação das baias coletivas pode ocorrer imediatamente após a cobertura ou aos 35 dias.
Fonte: 13º Simpósio Internacional de Suinocultura, SINSUI-2021.