Β-glucanos e Mananoligossacarídeos e microbiota intestinal: como modular a saúde de dentro para fora
A modulação da microbiota intestinal a partir da utilização de aditivos zootécnicos, tais como pré e probióticos tornou-se uma das alternativas na nutrição animal a fim de atender a legislação que proíbe o uso de antibióticos, em doses subterapêuticas, como promotores de crescimento na produção animal.
Os prebióticos são classificados como ingredientes seletivamente fermentados que resultam em mudanças específicas na composição e/ou atividade da microbiota do trato gastrointestinal (TGI), conferindo benefícios à saúde do hospedeiro.
Embora o conceito de prebiótico tenha sido elucidado ao longo dos anos, para ser considerado um prebiótico eficiente, propõe-se que o aditivo atenda aos seguintes critérios, os quais devem ser comprovados por estudos in vitro e in vivo:
- Não-digestível (resistência à acidez estomacal, digestão enzimática e absorção intestinal na parte superior do TGI)
- Boa fermentação pela microbiota do intestino grosso e
- Estimulação seletiva do crescimento e atividade de bactérias.
Os prebióticos incluem uma pluralidade de polissacarídeos não-amiláceos (PNAs) ou oligossacarídeos, dentre eles:
- Mananoligossacarídeos (MOS)
- Frutanos (FOS e inulina)
- Oligofrutose
- Galactanos (galacto-oligossacarídeos (GOS))
- Malto-oligossacarídeos
- Lactulose
- Lactitol
- Glucoligossacarídeo
- Xilo-oligossacarídeo
- Soja-oligossacarídeo
- Isomaltooligossacarídeo (IOS) e
- Pirodextrinas (Gibson et al., 2017).