04 set 2025

Carne suína brasileira pode dobrar relevância até 2030, avalia Marcos Jank no SNDS 2025

O especialista apresentou sua visão durante a palestra magna no SNDS – Simpósio Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, realizado pela ABCS.

Carne suína brasileira pode dobrar relevância até 2030, avalia Marcos Jank no SNDS 2025

Carne suína brasileira pode dobrar relevância até 2030, avalia Marcos Jank

O futuro da carne suína brasileira passa por um momento decisivo. Segundo o professor Marcos Jank, referência em agronegócio e comércio internacional, a suinocultura nacional reúne vantagens competitivas que podem transformar o país em um dos maiores exportadores globais da proteína até 2030. O especialista apresentou sua visão durante a palestra magna no SNDS – Simpósio Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, realizado pela ABCS.

  • Para Jank, a oportunidade está na manutenção do sistema de integração, na expansão da agricultura sobre áreas de pastagem com foco em integração lavoura-pecuária e na forte organização da cadeia produtiva, sustentada por cooperativas e integradoras.

“Temos capacidade de aumentar a produtividade e diferenciar produtos. O consumo interno já alcançou 18 kg por habitante/ano, acima da média mundial de 14 kg, mas ainda distante do frango, que supera os 40 kg”, destacou.

Mercado interno e expansão internacional

O professor reforça que o crescimento passa inicialmente pelo mercado interno, com agregação de valor e diversificação de produtos, mas também pela consolidação do mercado externo. Hoje, a China é o maior destino, mas sua busca por autossuficiência impõe riscos à dependência brasileira. “É preciso abrir novos mercados. O Sudeste Asiático, com mais de 600 milhões de habitantes, além de países da América Latina, Europa e Japão, representa oportunidades concretas”, avaliou.

Competitividade e políticas públicas

Na análise de Marcos Jank, dois fatores seriam decisivos já em 2025 para ampliar a competitividade das exportações: redução da taxa de juros e maior acesso a mercados internacionais. O professor defendeu que as barreiras sanitárias, técnicas e ambientais são hoje mais desafiadoras do que tarifas. “Esse trabalho de diplomacia comercial, liderado pelo Ministério da Agricultura e pelo Itamaraty, é fundamental para diversificar destinos e reduzir riscos”, acrescentou.

Perspectivas até 2030

Sobre projeções, Jank acredita que o Brasil não deve figurar entre os maiores produtores globais, dominados por China, Estados Unidos e União Europeia, mas pode ocupar posição de destaque no comércio internacional. “O Brasil tem vocação exportadora e pode disputar o top 2 em exportação. Nosso histórico mostra que sempre surpreendemos: aquilo que parecia meta para 10 anos, alcançamos em cinco”, afirmou.

Valor agregado como desafio

Apesar do protagonismo, o professor alerta que o país ainda tem longo caminho na agregação de valor. Para ele, não basta exportar commodities; é preciso investir em marcas, embalagens, distribuição e promoção comercial.

O agronegócio brasileiro é excelente em commodity, mas frágil em valor adicional. O futuro da carne suína dependerá de como vamos combinar competitividade no campo com inovação em produtos e mercados”, concluiu.

Assista a entrevista completa e exclusiva com Marcos Jank, direto do SNDS 2025

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