“Estamos sendo amparados por eles e tomando as decisões baseados em informações que nos passam. Além disso, estamos em contato com nosso cliente, aguardando as instruções deles para o melhor desfecho, para decidir juntos o que deve ser feito.”
As exportações de carne do Brasil e de Minas Gerais começam a sentir os efeitos da guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que os frigoríficos avaliam a perspectiva de ocupar mercados atendidos pelos fornecedores russo e ucraniano. Ao menos duas cargas de proteína suína tiveram o seu curso interrompido em direção à nação arrasada pelas forças da Rússia. Saiba mais!
Carne suína fica retida no Porto de Santos (SP) e o outro foi retido pela empresa no estreito de Gibraltar, canal marítimo situado entre o Sul da Espanha e o Norte de Marrocos, e Brasil busca novos clientes.
As exportações de carne do Brasil e de Minas Gerais começam a sentir os efeitos da guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo em que os frigoríficos avaliam a perspectiva de ocupar mercados atendidos pelos fornecedores russo e ucraniano. Ao menos duas cargas de proteína suína da mineira Saudali tiveram interrompido o seu curso em direção à nação arrasada pelas forças da Rússia.
Um carregamento nem chegou a deixar o Porto de Santos (SP) e o outro foi retido pela empresa no estreito de Gibraltar, canal marítimo situado entre o Sul da Espanha e o Norte de Marrocos.
Representantes do frigorífico se reuniram, na quinta-feira, com membros da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) para discutir uma solução, informou ao Estado de Minas o supervisor de comércio exterior da Saudali e especialista em comércio exterior e relações internacionais, Leandro Castro.
“Estamos sendo amparados por eles e tomando as decisões baseados em informações que nos passam. Além disso, estamos em contato com nosso cliente, aguardando as instruções deles para o melhor desfecho, para decidir juntos o que deve ser feito.”
A companhia exporta carne suína principalmente para o Vietnã, Cingapura, África do Sul, Hong Kong e Uruguai. As duas cargas com destino à Ucrânia teriam acesso ao país por terminal marítimo russo.
“A guerra atrapalhou duas cargas. Elas entrariam pelo porto da Rússia e, por meio de transporte rodoviário, chegariam na Ucrânia. Uma delas nós conseguimos barrar no porto de origem, em Santos (SP). A outra, mandamos instruções para que ela ficasse retida no porto de transbordo, no Estreito de Gibraltar”, explicou o executivo.
O confronto no Leste europeu frustra as expectativas de aumento das vendas de carne suína brasileira à Rússia, segundo Alvimar Jalles, consultor de mercado da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais (Asemg).
“Havia uma perspectiva de aumento de vendas para a Rússia, já que aquele país tinha aberto uma cota de compra de carne suína de 100 mil toneladas, sem impostos. Isso era bom para o Brasil, mas com o conflito, simplesmente evaporou. A China, que é o maior comprador, vinha diminuindo a importação. Tínhamos a expectativa de que a Rússia ocupasse parte do lugar da China.”
No ano passado, as vendas mineiras de carnes ao exterior somaram 351 mil toneladas, de acordo com balanço da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Com embarques para mais de uma centena de países, o estado apurou US$ 1,2 bilhão e registrou aumento em todos os segmentos.
O resultado, puxado pelas compras da China, contribuiu com 11,2% das exportações totais do agronegócio mineiro, de US$ 10,5 bilhões no período.
OPORTUNIDADES
O presidente da Pif Paf Alimentos, Rodrigo Coelho, observa que a guerra pode trazer dificuldades para as empresas operacionalizarem embarques, mas abre oportunidades de negócio. A empresa exporta frango e suínos para cerca de 30 países da Ásia, sobretudo, e para África, Américas do Sul, Norte e Central, bem como Oriente Médio. Os parceiros mais relevantes são China, Hong Kong, Cingapura, Japão, África do Sul e México.
Seja por falta de navios, seja por fechamento de portos e possível impacto direto na produção local, a interrupção do fornecimento abre caminho para outros países atuarem. Contudo, podem surgir embaraços nas rotas de escoamento.
“Alimentos são produtos básicos, e talvez fiquem fora de sanções. Acredito que os efeitos do conflito nas exportações brasileiras podem ser positivos – com aumento da demanda e também de elevação de preços – e já começamos a ver este movimento, com incremento de preços em várias regiões, desde o início do conflito.”
Leandro Castro acredita que os fornecedores do Brasil poderão também disputar o mercado da carne suína russa no Vietnã e em Cingapura, dois parceiros atendidos pela empresa.
“Com essas sanções impostas pelo resto do mundo, a Rússia não vai ter como enviar os produtos. Em breve, esses países vão procurar outros fornecedores.”
Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento
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