Desafios da síndrome do segundo parto em suínos

 

Nas últimas décadas, a produção de suínos se desenvolveu grandemente, atingindo altos níveis de produção. Neste sentido, as novas linhagens genéticas tiveram grande contribuição para o aumento na produção dos suínos, gerando fêmeas hiperprolíficas e consequente aumento no número final de animais destinados para o consumo.

Em contrapartida, com esses avanços, têm-se o reaparecimento de alguns problemas reprodutivos nas fêmeas, como por exemplo, a síndrome do segundo parto.

O tamanho da leitegada é composto por:

  • Número de ovulações;
  • Taxa de fecundação, e
  • Capacidade uterina e placentária.

O número de ovulações estabelece o potencial máximo do tamanho da leitegada.

Considerando taxas de fecundação de 95-100%, as capacidades uterinas e placentárias tornam-se fatores limitantes, quando o número de ovulações é alto. Tanto a capacidade uterina, quanto placentárias, influenciam na sobrevivência embrionária e fetal. De uma maneira geral, o tamanho da leitegada aumenta do 1º ao 5º parto. Isso porque há uma expectativa de maior número de ovulações, mas também de maior capacidade uterina.

Entretanto, algumas fêmeas apresentam menor número de nascidos no segundo em relação ao primeiro parto, caracterizando a síndrome do segundo parto.

 

COMO DEFINIR A SÍNDROME DO SEGUNDO PARTO E QUAL A SUA OCORRÊNCIA NAS FÊMEAS E NAS GRANJAS?

A síndrome do segundo parto ocorre quando o número de leitões nascidos é igual ou menor no segundo parto, quando comparado ao primeiro.

Esta definição pode ser considerada um indicador relativo, podendo não indicar com precisão fêmeas ou granjas que tem desempenho abaixo do ideal.

Por exemplo, uma fêmea que tenha 16 e 15 leitões no primeiro e segundo parto, respectivamente, é classificada como uma fêmea com síndrome do segundo parto, embora tenha 31 leitões nascidos em dois partos.

Uma maneira alternativa de medir o desempenho das fêmeas no segundo parto é somar o número de nascidos no primeiro e segundo parto. Além disso, vale salientar que não somente o tamanho da leitegada pode estar comprometido em fêmeas de segundo ciclo, mas também o primeiro intervalo desmame-estro (IDE) e a taxa de parto.

Essa manifestação da síndrome do segundo parto varia entre as granjas. No estudo conduzido por Boulot et al. (2013), em nível de rebanho, a menor fertilidade em fêmeas de segundo ciclo foi considerada quando:

  • A granja apresentava taxa de parto <85%;
  • Redução de nascidos totais ≥ 0,2 leitão e
  • IDE >7 dias

Ao menos, 80% das granjas de suínos apresentaram um dos problemas, 40% apresentaram pelo menos dois dos problemas, enquanto <10% das granjas possuíam a síndrome completa.

FATORES DE RISCOS ASSOCIADOS À SÍNDROME DO SEGUNDO PARTO

Os componentes do tamanho da leitegada identificados anteriormente (número de ovulações, taxa de fecundação, capacidade uterina e placentária) podem ser influenciados por:

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