Fêmeas hiperprolíficas podem ter a saúde prejudicada, reduzindo a longevidade dessas fêmeas, tornando-as mais suscetíveis ao estresse térmico e tendo maior perda de condição corporal.
Na produção de suínos, a seleção genética para características economicamente importantes, como o número de leitões nascidos, resultou em vários desafios de saúde e bem-estar, aumentando os níveis de mortalidade considerados normais, bem como em mudanças significativas nas rotinas de manejo, principalmente durante o parto e lactação.
Um dos principais desafios se deve à relação entre o tamanho da leitegada e a mortalidade dos leitões.
Apesar de ter sido alcançado algum êxito em reduzir o impacto negativo das grandes leitegadas através de estratégias genéticas, nutricionais e de manejo, essa ainda é uma variável que traz um grande desafio mundial para o sistema produtivo de suínos.
A relação entre a mortalidade e leitegadas numerosas é associada a vários fatores, incluindo:
- O aumento da duração de parto,
- Natimortos e leitões que sofrem hipóxia,
- Competição pelos tetos e, consequente,
- Redução da ingestão de colostro.
Ainda, esse cenário é agravado pela grande variação de peso dentro das leitegadas. Nesse sentido, em leitegadas numerosas ocorre a elevação de 30 a 40% no número de animais com crescimento intrauterino retardado (CIUR).
Todos os leitões recém-nascidos são predispostos à hipotermia, haja vista não apresentarem gordura do tipo marrom e possuírem baixas reservas de glicogênio.