Função ovariana: Estabelecendo a vida reprodutiva da fêmea suína – Parte 1
Reprodução & Genética
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Função ovariana: Estabelecendo a vida reprodutiva da fêmea suína – Parte 1
Na indústria suinícola, a eficiência reprodutiva é uma meta econômica essencial, que pode ser representada pelo número de leitões desmamados por fêmea a cada ano. Como esse número depende principalmente do tamanho da leitegada, desenvolvimento embrionário e fetal adequados são imprescindíveis para garantir a produtividade.
Nesse sentido, a intensa seleção genética para aumentar o número de ovulações nas últimas décadas resultou em fêmeas hiperprolíficas, cuja principal característica reprodutiva é produzir leitegadas numerosas, fator essencial para aumentar a produção de leitões e assim, melhorar a eficiência reprodutiva. Os principais fatores associados ao tamanho da leitegada são:
Por sua vez, número de ovulações e qualidade dos oócitos ovulados são determinantes do potencial máximo do tamanho da leitegada, afetando diretamente o desenvolvimento e a sobrevivência embrionárias. O potencial ovulatório e a qualidade dos oócitos gerados em cada ciclo reprodutivo dependem diretamente do processo de desenvolvimento folicular ovariano (foliculogênese). Tal processo pode ser afetado de forma positiva ou negativa por diversos fatores. Dentre eles:
Assim sendo, compreender o desenvolvimento ovariano na fêmea suína e os principias fatores que interferem sobre a função ovariana, refletindo na eficiência reprodutiva, são de extrema importância para maior lucratividade e melhor manejo da granja.
Os ovários são as gônadas sexuais femininas, responsáveis pela produção de gametas (oócitos) e hormônios reguladores da atividade reprodutiva. A formação da reserva oocitária (quantidade de oócitos que fêmea irá ovular ao longo de sua vida reprodutiva) da fêmea suína inicia durante o desenvolvimento embrionário, aos 24 dias de gestação, sendo que a partir de 56 dias de gestação, folículos ovarianos já podem ser identificados nas gônadas fetais.