Insensibilização de suínos: os diferentes métodos e suas particularidades
A produção de suínos pode ser considerada uma cadeia de processamento longa, considerando que entre o período de concepção dos leitões até o abate há um intervalo de 9,5 meses.
Este é somente um dos motivos elencáveis que demonstram que todas as fases de produção, inclusive o abate propriamente dito, devem ser cuidadosamente geridas para que a eficiência produtiva, o bem-estar animal e a qualidade do produto final sejam atingidos com êxito, sendo a insensibilização uma das últimas etapas cruciais para a produção animal.
O abate de suínos no Brasil, no ano de 2023, atingiu a marca de 46,5 milhões de cabeças em estabelecimentos registrados no Serviço de Inspeção Federal, conforme divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), produzindo assim 5,156 milhões de toneladas de carne suína. Cabe lembrar que todos os suínos abatidos no país, obrigatoriamente, são submetidos a um procedimento para promover o estado de inconsciência e insensibilidade ou até mesmo a morte instantânea.
Esse procedimento é conhecido como insensibilização e pode ser realizado através de diferentes métodos autorizados pelo MAPA. A eficácia da insensibilização inclui a imediata perda da consciência e
sensibilidade, bem como a duração desta perda até a morte do animal por meio da sangria, a qual é realizada através de:
Uma incisão no peito, seccionando o tronco braquiocefálico, interrompendo o fornecimento de sangue para as artérias carótidas e, consequentemente, cessando a irrigação sanguínea ao cérebro, causando hipóxia cerebral e subsequente morte.
- O Brasil teve sua primeira legislação regulamentando os métodos de insensibilização no ano 2000, a Instrução Normativa Nº 03 de 17 de janeiro de 2000, a qual permaneceu vigente por mais de 20 anos, tendo sido revogada em 2021 após a p...