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Resíduos antibióticos são tão grave que a OMS (Organização Mundial de Saúde) considera a resistência antimicrobiana como uma das maiores ameaças que a humanidade deve enfrentar nas próximas décadas (OMS, 2017).
Desde a descoberta da penicilina no início do século XX, este e outros antibióticos têm sido grandes aliados da saúde pública, melhorando o estado de saúde não só na medicina humana, mas também na produção animal.
Entretanto, seu uso indevido é a base da geração de resistência a antibióticos, um processo pelo qual os microrganismos não são mais sensíveis aos antibióticos, que deixarão de ser eficazes para o tratamento de doenças comuns.
Este problema é tão grave que a OMS (Organização Mundial de Saúde) considera a resistência antimicrobiana como uma das maiores ameaças que a humanidade deve enfrentar nas próximas décadas (OMS, 2017).
Mundialmente, estima-se que para o ano 2050 uma gestão inadequada deste problema gerará uma perda acumulada de 88 bilhões de euros e 10 milhões de mortes anuais (Figura 1), ultrapassando o número de mortes por doenças como o câncer (O´Neill, 2014).
Por ser um processo seletivo natural, é difícil impedir o desenvolvimento de resistência antimicrobiana pelos microrganismos, mas o controle adequado uso de antibióticos e outras substâncias antimicrobianas favoreceria a redução da eficácia do processo.
A UE lançou planos estratégicos que buscam reduzir a presença de resíduos deste tipo de substância. |