Novos surtos de Peste Suína Africana foram registrados no período de 12 a 25 de junho.
Um relatório apresentado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou novos surtos da Peste Suína Africana (PSA), registrando 540 novos casos. Os surtos foram notificados no mundo no período entre 12 e 25 de junho.

Um relatório apresentado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) informou novos surtos da Peste Suína Africana (PSA), registrando 540 novos casos. Os surtos foram notificados no mundo no período entre 12 e 25 de junho. Anteriormente, 554 novos casos foram registrados. Em números totais, o número de surtos em andamento subiu de 7.123 para 7.154, destes 3.489 somente na Romênia e outros 1.703 no Vietnã. Dos novos surtos, 427 foram notificados pela Europa e outros 8 na Ásia. Os dados foram publicados em levantamento quinzenal divulgado na última sexta-feira de junho.
Novos surtos de Peste Suína Africana foram registrados no período de 12 a 25 de junho.
Além disso, a OIE registrou novos surtos ou em andamento em 25 países, sendo eles: na Europa, Bulgária, Grécia, Hungria, Letônia, Moldávia, Polônia, Romênia, Rússia, Sérvia e Ucrânia ainda apresentam a incidência da doença. Na Ásia, China, Índia, Indonésia, Coreia do Norte, Coreia do Sul, Laos, Mianmar, Papua Nova Guiné, Filipinas, Rússia, Timor Leste e Vietnã têm casos em andamento. Enquanto que, na África, Costa do Marfim, Namíbia, Nigéria e África do Sul reportam a presença do vírus.
De acordo com o relatório da Rabobank, a PSA continua a se espalhar na China, mas em um ritmo mais lento. Houve registro de novos casos em 2020, porém não houve surtos generalizados. Alguns fatores contribuíram para isso, incluindo melhoria da biossegurança, menor densidade populacional de suínos e conhecimento e experiência acumulados. O reabastecimento é impulsionado principalmente por grandes players que investiram em fazendas greenfield e importações de animais reprodutores.
Além disso, o governo lançou políticas para incentivar a produção e algumas restrições anteriores foram flexibilizadas para dar aos agricultores mais espaço para construir instalações. A expectativa é de que o rebanho se recupere fortemente no segundo semestre.

Produção de suínos na China de 2018 a 2020.

Produção de carne suína no Vietnã (mil toneladas)
No Vietnã os surtos de PSA continuam em 19 províncias (de um total de 63), com cerca de 30.000 suínos perdidos nos primeiros cinco meses de 2020 – cerca de 6 milhões de suínos foram perdidos em 2019.
Há a previsão de que 14 mil fêmeas sejam perdidas para a PSA este ano, uma fração das 1,25 milhão foram perdidas em 2019. Espera-se que o plantel de fêmeas atinja cerca de 2,9 milhões até o final de 2020, e o rebanho total atinja cerca de 22 milhões. Cerca de metade do rebanho é mantido em propriedades domésticas.
Já nas Filipinas as informações da OIE mostraram que os surtos de PSA continuaram a se espalhar pelas propriedades de Luzon a um ritmo relativamente constante este ano.
Até o início de abril, os relatórios revelaram que quase 98.000 cabeças foram perdidas, além de 206.000 cabeças perdidas no ano passado.
Há uma previsão de um declínio de 12% no plantel de fêmeas das Filipinas e no total de rebanhos em 2020. No pior cenário, a doença se espalha para fora de Luzon e o rebanho de porcas de 2020 cai em até 29% e o rebanho total em 28%.
Foram registrados casos de PSA em duas propriedades comerciais de suínos no oeste da Polônia no final de março e início de abril, levando à erradicação de mais de 30.000 suínos. Um terceiro caso, em propriedade comercial, foi confirmado em 5 de junho no leste da Polônia
Nos primeiros cinco meses de 2020, 2.487 surtos entre javalis foram relatados na Polônia, superando os registros de 2019.
Diante deste cenário, países exportadores como EUA e, em menor escala, Brasil e União Européia, se beneficiaram da demanda elevada de importação da China no início de 2020.
Todos os países exportadores esperam que a demanda da China, bem como o resto da Ásia, permaneça elevada em 2020 e testem o nível de excedentes exportáveis, dada as restrições de produção em todos os países exportadores.
Com isso, a demanda firme dos importadores e a oferta restrita manterão os preços em níveis elevados em 2020.
Até a conclusão deste material, a OIE não divulgou o número de animais mortos e sacrificados por causa da doença no período.
Fonte: Conteúdo Estadão e Rabobank.
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