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Nutrição sustentável de suínos

Escrito por: Carlos Alexandre Granghelli , Cristiane Soares da Silva Araújo - Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia , Lúcio Francelino Araújo , Luiz Antônio Vitagliano - Consultor Independente em Nutrição de Suínos

A abordagem sobre o tema nutrição sustentável de suínos é, ao mesmo tempo, empolgante e desafiadora.

Empolgante porque a suinocultura é uma atividade dinâmica e que oferece grandes oportunidades para o seu crescimento e desenvolvimento.

Por outro lado, é desafiadora já que a nutrição sustentável apresenta diferentes facetas, dentre as quais pode-se destacar o aspecto econômico, o ambiental e o nutricional propriamente dito.


É fato que o fator mais oneroso do custo de produção de suínos é sua alimentação. O aumento na demanda pela produção de carne suína, em função da peste suína africana que surgiu em diferentes partes do mundo, bem como a elevação do custo dos principais ingredientes que fazem parte das dietas dos animais, intensificado pelos conflitos que ocorrem em alguns países europeus, contribuíram para o agravamento desta situação. Assim sendo, a busca de alternativas nutricionais para a redução dos custos de produção torna-se ferramenta indispensável para atender adequadamente a exigência dos animais de forma sustentável.

A produção de suínos é a atividade que produz a maior quantidade de dejetos por quilograma de peso animal vivo.

Ademais, ressalta-se o fato de que os animais aproveitam somente uma parcela dos nutrientes que são ingeridos por meio da dieta consumida. Esta condição representa uma dupla perda já que, se estes dejetos não forem adequadamente manejados, os nutrientes presentes na sua composição trarão um desequilíbrio ambiental pela contaminação dos solos e dos mananciais de água, além da indisponibilidade de parte dos nutrientes que são eliminados pela falta de utilização pelo animal. Estima-se que 20% das enfermidades que atingem o homem, especialmente as crianças estão, direta ou indiretamente, ligadas às contaminações da água.

No caso dos animais em terminação, estima-se que chegam a excretar até 75% do nitrogênio e 76% do fósforo ingerido (Figura 1).

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