Atualmente o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial tanto na produção quanto na exportação de carne suína (CRIVILIM, 2021). Porém, atrelado ao aumento da produção e exportação de carne suína, está o aumento de águas residuárias oriundas desses processos (MORES, 2013). E, visto a necessidade de adequação dos parâmetros físico-químicos para que o efluente da suinocultura tenha um destino ambientalmente correto, uma das possíveis alternativas para o tratamento dos efluentes é o uso da eletrofloculação (CRIVILIM, 2021).
Desta forma, o objetivo deste artigo é apresentar como o tratamento através do uso da eletrofloculação age sobre alguns contaminantes encontrados no efluente de suinocultura, principalmente na questão de remoção de nutrientes, como o fósforo, e apresentar casos reais de tratamento em que foi utilizada esta técnica.
Efluente de suinocultura
É possível associar a poluição ambiental proveniente dos dejetos suínos ao elevado índice de contaminantes que compõe esse resíduo, influenciando na degradação do ar, do solo e em especial a contaminação dos recursos hídricos (CRIVILIM, 2021).
Esses contaminantes potencializam o desenvolvimento da eutrofização em águas superficiais, afetando tanto a vida aquática quanto a saúde humana (LOURINHO; BRITO, 2021; MORES, 2013).
O efluente de suinocultura é composto pelos seguintes elementos:
esterco,
urina,
água não utilizada em bebedouros e após a higienização dos locais de confinamento,
restos de alimentação ou ração.
Em média, a caracterização desse efluente apresenta a seguinte carga poluente:
20.000 mg/L de Sólidos Totais,
30.000 mg/L de Demanda
Química de Oxigênio (DQO),
2.500 mg/L de Nitrogênio total e
600 mg/L de fósforo total (MORES, 2013).
Esses valores estão muito acima dos definidos pela resolução CONAMA n° 430 (2011) que estabelece as condicionantes para o lançamento de efluentes em corpos hídricos. Desta forma, faz-se necessário a implantação de técnicas de tratamento de efluentes para a remoção desses poluentes.
Eletrofloculação
A eletrofloculação é uma técnica de tratamento de efluentes que consiste em levar até o efluente uma corrente elétrica ajustada no painel de comando, fazendo com que se crie um ambiente onde ocorra várias reações, sendo a principal a liberação de moléculas do eletrodo, normalmente de ferro ou alumínio, que irão fazer com que forme flocos que irão flotar ou sedimentar, dependendo da característica do efluente a ser tratado (KEMIA, 2021).
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