Para ler mais conteúdos de suínoBrasil 4º Trimestre 2022
A cadeia produtiva da carne suína brasileira pela posição global que ocupa tanto em volume produzido quanto a extensão de mercados e consumidores que alcança, é constantemente desafiada a sofisticar seus programas de autocontrole e garantia da qualidade.
O espectro de responsabilidade se amplia além da mitigação dos riscos diretos ao consumidor, pelas doenças transmitidas por alimentos, para a dimensão ambiental e comunitária. É neste cenário que está posta a discussão do papel da agropecuária na seleção e disseminação de bactérias resistentes aos antimicrobianos (ATM), que podem atingir o homem pela via alimentar e também pela exposição ao ambiente.
Soma-se aos óbitos a dificuldade de controle das doenças, o que impacta sobremaneira no custo dos tratamentos, tempo de hospitalização e recrudescimento das infecções (Tanwar et al., 2014).
Da perspectiva da saúde animal, já em 2009, a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH antiga OIE) introduziu recomendações para o controle da resistência antimicrobiana no Código Sanitário para Animais Terrestres, que na sua versão atual possui cinco subcapítulos abordando o tema.
Além de um capítulo sobre uso prudente de ATM na medicina veterinária, os demais propõem:
A força tarefa elaborou dois guias, um que estabelece práticas para redução da necessidade do uso de ATM e o outro que propõe uma estratégia de vigilância tanto do uso de ATM quanto da resistência aos antimicrobianos. Estes novos guias junto ao de análise de risco da resistência antimicrobiana transmitida por alimentos, previamente adotado em 2011, compõe o documento publicado em 2022 “Foodborne Antimicrobial Resistance Compendium of Codex Standards”.