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Visão geral das parasitoses na produção de suínos

A suinocultura é uma atividade competitiva e altamente tecnificada. Entretanto, enfrenta desafios como problemas sanitários. Em geral, as doenças bacterianas e virais são objeto de muito debate, enquanto que as parasitoses não são consideradas por todos os produtores como causa de perdas econômicas na suinocultura. Apesar das infecções principalmente subclínicas, todo produtor deve estar ciente de sua presença e das perdas resultantes.

 

 

Da mesma forma, os sinais clínicos não são específicos e muitas vezes não são observados em suínos infectados. Em animais acometidos por parasitas gastrointestinais, podem ocorrer perdas de desempenho, principalmente porque favorecem a ocorrência de infecções secundárias por patógenos oportunistas (Linhares et al., 2012).

As perdas econômicas associadas às infecções endoparasitárias são devidas à:

A parasitologia é bastante extensa e possui diversos grupos taxonômicos. Os protozoários unicelulares mais simples estão incluídos. Mas também planas, lombrigas, insetos e artrópodes. Por exemplo, carrapatos e ácaros que causam sarna. É importante ter em mente os ciclos biológicos que eles cumprem. Isso ocorre porque os parasitas precisam de um período de desenvolvimento que geralmente ocorre em seu hospedeiro definitivo.

Existem dois tipos de ciclos: direto e indireto. O ciclo direto é aquele em que ocorre no mesmo indivíduo o ciclo completo que vai da fase imatura à fase adulta ou madura. Ao passo que, os ciclos indiretos são aqueles em que são necessários pelo menos dois hospedeiros, nos quais cada uma das fases pode se desenvolver (larval ou imaturo e outro adulto).

A palavra parasitose contém o prefixo –osis indica a apresentação de um quadro clínico. Portanto, o mais conveniente seria referir-se a infecções por parasitas enquanto nenhum sinal clínico fosse observado.

A apresentação dos parasitas dependerá principalmente do sistema de produção e manejo. Se for uma produção extensiva, é gerado o contato direto com o meio ambiente. Isso pode favorecer a transmissão com hospedeiros intermediários que continuam o ciclo, por exemplo, em suínos de produção orgânica ou extensiva. Nestes casos, há alta prevalência de parasitas com ciclo indireto. Ou seja, onde os parasitas precisam de outro hospedeiro intermediário diferente dos suídeos. Exemplos desse tipo de hospedeiro são minhocas, caracóis, formigas e demais insetos.

Enquanto em animais confinados com altos níveis de biossegurança e certa frequência de higiene, os problemas parasitários são menores.

Em intensidade, os ciclos parasitários indiretos não podem se desenvolver porque requerem uma etapa intermediária da qual um segundo hospedeiro participa. A elevada biosseguridade impede a entrada do hospedeiro intermediário. 

A idade do animal – Por exemplo, Isospora suis é típico de animais em lactação. Outros, como Ascaris suum, que é um nematóide muito prolífico e frequente, são típicos de animais jovens

A estação do ano é importante em parasitologia porque em condições adequadas de temperatura e umidade temperadas elevadas favorecem a esporulação ou o desenvolvimento do embrião a partir do ovo do parasita ou do oocisto.

O tipo de alojamento e as práticas de higiene que se realizam na granja são fundamentais pois determinam a apresentação de parasitoses.

Fonte: Darren, G. et al. 2019. Diversity and prevalence of gastrointestinal parasites in farmed pigs in Southeast Gabon, Central Africa.

 Pradella, B. et al 2020. Occurrence of gastrointestinal parasitic diseases of swine in different production phases in commercial pig farms from the State of Santa Catarina, southern Brazil 

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