Tendo visto como principal objetivo da suinocultura moderna a maior rentabilidade do sistema de produção, e sabendo que a saúde animal está diretamente relacionada aos resultados obtidos, têm-se dado maior atenção a sanidade dos rebanhos e às medidas de biosseguridade. Mais do que tratar enfermidades, a prevenção de doenças é importante tanto para o bem-estar animal quanto para a produtividade econômica.
Além disso, a prevenção
também é importante para a
segurança alimentar e saúde
pública quando se trata de
patógenos zoonóticos.
Somado a isso, a percepção de que a relação entre saúde e biosseguridade estão altamente relacionadas tem aumentado nos últimos anos com o surgimento e reemergência de diversas doenças de difícil controle, como a disseminação do vírus da diarreia epidêmica suína nas Américas ou do vírus da peste suína africana (PSA) na Europa e na Ásia (ROWLANDS et al., 2008; STEVENSON et al., 2013; ZHOU et al., 2018). E como resultado, o conceito e a percepção das doenças mudaram do indivíduo para a granja e, da granja para a região. Sendo assim, manter as doenças afastadas é um dos elementos-chave na produção animal.
A biosseguridade pode ser definida como a aplicação de medidas que visam reduzir a probabilidade de introdução e disseminação de patógenos, sendo o principal objetivo evitar a transmissão, seja entre ou dentro do sistema de produção (ALARCÓN; ALBERTO; MATEU, 2021). Dentre as medidas internas a serem tomadas podem ser citadas medidas relativas à:
correta limpeza e desinfecção das instalações,
controle efetivo de vetores (pássaros, roedores e insetos) e
cumprimento dos protocolos de biosseguridade pelos colaboradores da unidade de produção.
Uma vez garantida as medidas internas, deve-se impedir a entrada de possíveis agentes infecciosos no sitio de produção, e para isso, são necessárias:
medidas de controle de acesso de pessoas e veículos,
realização de quarentena para a introdução de novos animais, garantia de qualidade do sêmen, alimentos e água e
isolamento de outras unidades de produção a fim de minimizar a transmissão pelo ar (ALARCÓN;
ALBERTO; MATEU, 2021).
MAGALHÃES e MAGALHÃES (2017) atribuíram a mais de 95% dos casos de doenças em diferentes sistemas de produção, associação direta com a entrada de animais (suínos ou de outras espécies animais), sêmen, transporte, ração, água, entrada de visitantes, roedores, insetos e pássaros. Sendo estes fatores passíveis de correção por um bom sis...