Sustentabilidade, prolificidade e número de tetos: Qual a relação entre eles?

A atividade suinícola, na visão alicerçada nos princípios da sustentabilidade ambiental, social e econômica, tem como cerne de suas ações:

  • Proteção ao meio ambiente
  • Otimização da saúde e bem-estar animal
  • Uso racional de antibióticos e
  • Valorização de todos os aspectos humanos relacionados aos colaboradores e à sociedade.

Embora todos esses critérios tenham igual importância para atingir a sustentabilidade do sistema produtivo, este artigo trará uma reflexão relacionado de como o número de leitões lactentes por porca pode afetar o bem-estar animal e o uso racional de antibióticos, e, por fim, a sustentabilidade do sistema.

Nas últimas décadas, as fêmeas suínas passaram por uma vigorosa seleção genética para aumentar suas taxas de ovulação e, consequentemente, o número de leitões nascidos.

No Brasil, houve um aumento aproximado de 0,2 leitões nascidos por porca nos últimos 14 anos (Agriness, 2022). Esse aumento da prolificidade motivou a denominação das fêmeas comerciais modernas como fêmeas hiperprolíficas.

Por definição, matrizes hiperprolíficas são fêmeas que dão origem a uma quantidade de leitões que excede seu número de tetos funcionais (Oliviero, 2022).

Apesar dos benefícios evidentes sobre a produtividade e rentabilidade do sistema, o aumento da prolificidade trouxe desafios relacionados à saúde e bem-estar animal, principalmente na fase de maternidade.

A principal consequência negativa da hiperprolificidade foi o aumento da mortalidade perinatal. Estudos recentes utilizando fêmeas hiperprolíficas encontraram taxas de mortalidade pré-desmame que ultrapassam 15 – 20% (Schoos et al., 2023; De Meyer et al. 2020; van den Bosch et al.,2022).

Nesse sentido, a produção insuficiente de colostro e leite para atender as exigências nutricionais e metabólicas do grande número de neonatos nascidos, os quais são selecionados geneticamente para rápido e vigoroso ganho de peso associado a disputas por hierarquia na escolha de tetos e ainda a alta variabilidade no peso ao nascimento são características que mais contribuem para as altas taxas de mortalidade pré-desmame (Baxter et al., 2020).

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