Uso de Desinfetantes na Suinocultura

Ao abordar o tema de desinfetantes em suinocultura e as principais moléculas utilizadas, é importante antes trazer os conceitos de biossegurança, fatores de riscos sanitários e, assim, propriamente o tema das principais moléculas utilizadas e seu uso de forma racional.

Algumas medidas devem ser consideradas como forma de controle da ocorrência de enfermidades em suínos, e envolvem fatores como a biossegurança, adoção de práticas para evitar a introdução de novos agentes patogênicos no rebanho através de suínos ou trabalhadores, implementação de sistema all-in-all-out, além de adoção de protocolos de desinfecção.

Entre os mecanismos de controle da infecção de suínos por agentes patogênicos, são de suma importância a adequada limpeza e desinfecção das instalações, equipamentos e utensílios que podem ter contato com os animais. Sendo assim, é necessário que o princípio ativo utilizado para a desinfecção e a forma de utilização sejam eficazes em reduzir a carga bacteriana e/ou viral.

É importante o conhecimento a respeito do adequado manuseio dos desinfetantes e da sua estabilidade, uma vez que procedimentos de biossegurança em granjas suinícolas compreendem, além de limpeza, também arcos de desinfecção, nos quais a efetividade dos desinfetantes é crucial para evitar a entrada de patógenos prejudiciais à criação.

  • FATORES IMPORTANTES NA EFETIVIDADE DOS DESINFETANTES
    • Tempo de exposição: geralmente indicado pelo fabricante, podendo variar de acordo com demais fatores envolvidos como, por exemplo, a presença/ausência de matéria orgânica;
    • Presença ou ausência de matéria orgânica: possibilidade de inativação ou perda de eficiência do desinfetante em sua presença;
    • Concentração utilizada: seguir recomendações do fabricante do produto, sendo ajustado quando necessário;
    • Composição da superfície de aplicação: existência de superfícies que são mais propensas ao acúmulo de resíduos e matéria orgânica;
    • Temperatura: pode também ter influência na efetividade do desinfetante, sendo comumente utilizados à temperatura ambiente;
    • pH: os produtos alcalinos, por exemplo, são mais indicados por sua atuação em matéria orgânica, ou mesmo a disponibilidade do princípio ativo pode variar conforme o pH;
    • Tempo entre diluição do produto e sua utilização: os desinfetantes não são necessariamente diluídos no momento da utilização e podem resultar na falha da desinfecção.

  • AVALIAÇÃO DA EFETIVIDADE

Variáveis como a amostra do microrganismo de interesse e a concentração do produto recomendada pelo fabricante devem ser submetidas à avaliação para comprovar sua efetividade. A avaliação da carga viral e/ou bacteriana frente ao desinfetante escolhido, com a presença de fatores interferentes, como os citados anteriormente, são fundamentais para que o produto adequado seja eleito.

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