Betaína como aditivo modificador de carcaça para suínos
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Betaína como aditivo modificador de carcaça para suínos
Em decorrência das exigências dos consumidores por maior rendimento cárneo, novas estratégias nutricionais têm sido adotadas na alimentação de suínos, dentre as quais pode-se destacar o uso de aditivos modificadores de carcaça durante a fase final de produção.
É neste contexto que a betaína desempenha papel fundamental para aumentar a eficiência e a lucratividade dos sistemas comerciais de suínos.
A betaína é um derivado do aminoácido glicina com três grupos metil ligados ao átomo de nitrogênio (Figura 1), sendo naturalmente encontrada em plantas, animais e microrganismos.
A betaína apresenta dupla função nos mamíferos:
Em razão de sua bipolaridade e alta solubilidade em água, a betaína é armazenada em concentrações elevadas na maioria dos tecidos e atrai moléculas de água para o meio intracelular, mantendo, assim, a hidratação celular em condições de estresse osmótico.
Dessa maneira, a betaína desempenha a função da bomba de sódio e potássio com menor gasto energético, o que reduz a demanda energética do animal para recuperar o volume hídrico celular, evitando o aumento excessivo na concentração intracelular de eletrólitos. A energia poupada nesse processo pode ser direcionada para o crescimento animal, com consequente melhora no desempenho zootécnico.
Embora a disponibilidade de grupos metil seja vital para a síntese de DNA e RNA, carnitina, creatina, neurotransmissores, fosfolipídios e aminoácidos metilados, os animais não conseguem sintetizá-los, sendo usualmente supridos pela dieta. A fonte primária de grupamentos metil para os animais provém da metionina, que também é necessária para a síntese proteica.