Boehringer Ingelheim reforça diagnóstico, vacinação viva e prevenção como caminhos para uma suinocultura mais eficiente e com menos antimicrobianos

Atuando há 15 anos na empresa, o executivo explicou que a iniciativa foi pensada para aproximar a ciência do campo e traduzir resultados em soluções aplicáveis no dia a dia das granjas.

O encontro teve três palestras complementares. O professor Roberto Guedes, referência nacional e internacional em doenças entéricas, apresentou os impactos da Salmonella sob diferentes formas de manifestação. Já Edilson Caldas compartilhou um case prático de controle da doença, que envolveu redução drástica da mortalidade e melhoria de conversão alimentar, enquanto Débora, coordenadora técnica da Boehringer, abordou estratégias de vacinação e posicionamento das soluções Enterisol Salmonella T/C e SC54.

“A Salmonella tem um impacto clínico crescente no Brasil. Em casos mais graves, pode elevar a mortalidade a 9%, o que é insustentável para qualquer sistema produtivo”, alertou Mauro. Ele reforçou que, além do impacto direto em desempenho, a infecção também causa perdas subclínicas — menos visíveis, mas constantes — e é uma zoonose, o que coloca o tema na agenda de saúde única (One Health).

Um dos pontos mais destacados do evento foi a importância do diagnóstico como ponto de partida para o controle eficiente. “As decisões precisam ser baseadas em fatos e dados. A nossa equipe técnica auxilia o produtor em ferramentas de diagnóstico para identificar o problema e definir o momento certo da intervenção”, explicou Mauro.

O debate também detalhou a tecnologia das vacinas vivas orais Enterisol Salmonella T/C e SC54, desenvolvidas para gerar imunidade de mucosa — resposta rápida e localizada diretamente no intestino, onde a bactéria atua.

“A Boehringer foi pioneira ao trazer vacinas vivas orais para a suinocultura brasileira. Elas combinam eficiência com bem-estar animal e praticidade de aplicação. Podem ser administradas via drench, água de bebida ou gel, estimulando o consumo de forma natural e sem causar reações”, destacou.

Assista a entrevista completa:

Segundo Mauro, o controle eficaz da Salmonella depende de uma visão ampla e multifatorial, que inclui biosseguridade, limpeza, manejo e vacinação. “Não existe solução mágica. É um conjunto de medidas coordenadas e monitoradas. Mas as vacinas vivas são, hoje, ferramentas centrais nesse processo de prevenção”, afirmou.

O Café com Prosa também abriu espaço para perguntas do público, demonstrando o interesse crescente do setor em adotar programas estruturados de imunização.

“O uso de vacinas cresce a cada ano na suinocultura brasileira, especialmente diante da pressão global pela redução de antimicrobianos. É uma mudança cultural que veio para ficar, e o produtor brasileiro está preparado para isso”, avaliou Mauro.

O gerente também destacou que 2025 e 2026 serão anos de excelente oportunidade para investir em tecnologia e prevenção. “Vivemos um momento de boa rentabilidade, e é nesse período que devemos olhar para dentro da granja, revisar processos, melhorar ambiência e apostar em soluções de alta eficiência. As vacinas são o caminho mais seguro para garantir produtividade com sustentabilidade”, completou.

A Boehringer já iniciou a expansão do projeto por meio dos encontros regionais Salmonella Expert, realizados em diferentes estados.

“O objetivo é continuar levando informação técnica e apoio prático para os produtores de todo o Brasil. O controle de Salmonella é um passo essencial para a eficiência, o bem-estar e a competitividade da suinocultura brasileira”, concluiu Mauro Donin.