Apesar da falta de acordo durante a negociação, ao longo da tarde de quinta feira foram registrados negócios com o preço solicitado pelos suinocultores, conforme informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
Entre certa estabilidade, queda ou pressão por aumento por parte dos produtores, a unanimidade é de que os valores pagos pelo animal vivo seguem baixos. Clique aqui e acesse as cotações nas principais praças!

O momento atual para o criador de suíno não é dos melhores. Nesta quinta-feira (1) as negociações da bolsa do suíno no mercado independente do país tiveram movimentações diferentes. Entre certa estabilidade, queda ou pressão por aumento por parte dos produtores, a unanimidade é de que os valores pagos pelo animal vivo seguem baixos.

Em São Paulo, na semana passada o preço acordado na Bolsa havia sido de R$ 5,33/kg vivo. Nesta semana, entretanto, não houve consenso entre suinocultores e frigoríficos, sendo que os produtores pediram o valor de R$ 5,87/kg vivo.
Apesar da falta de acordo durante a negociação, ao longo da tarde de quinta feira foram registrados negócios com o preço solicitado pelos suinocultores, conforme informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
Em Minas Gerais, quarto maior produtor de carne suína do país, o preço passou de R$ 6,50/kg vivo para R$ 6,00/kg vivo (-7,69%), valor considerado estável pelo consultor de mercado da Associação de Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), Alvimar Jalles.
Na semana passada dizemos que o pior momento tinha ficado para trás. Baseado em dados da plataforma, continuamos com essa mesma avaliação porque as vendas fluíram em bons patamares. É muito importante conseguirmos as nossas opiniões e suposições do que são os fatos e os dados para assim analisarmos o mercado com a isenção necessária, é somente essa clareza boas escolhas, conclui Jalles.
Houve queda de preço em Santa Catarina, saindo de R$ 6,30/kg vivo para R$ 6,18/kg vivo. Para o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, o lockdown em São Paulo, principal polo consumidor de carne suína, contribui para as quedas semanais de preço. “Mas apesar disso, o preço do suíno em São Paulo subiu, e isso traz uma boa perspectiva para a próxima semana”, disse.
Considerando a média semanal (entre os dias 25/03/2021 a 31/03/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 5,81%, fechando a semana em R$ 5,97.
“Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 5,57.”, informou o relatório do Lapesui.
A bolsa gaúcha, realizada tradicionalmente às sextas-feiras, foi negociada nesta quinta-feira (1), devido ao feriado de Sexta-Feira Santa. Segundo o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdeci Folador, o preço permaneceu estável em R$ 6,30/kg.
Em Goiás a desvalorização do suíno vivo preocupa produtores. Mesmo com o preço bom no varejo, as contas não fecham no final, já que o custo de produção teve um reajuste maior e o valor de venda caiu.
Atualmente, os suinocultores goianos conseguem comercializar o suíno vivo por cerca de R$ 5,50 o quilo, valor que vem caindo nas últimas semanas. Para se ter uma ideia, a bolsa no final de fevereiro e início de março, chegou a R$ 7,30. A queda foi de R$ 1,85 (-33%).
Por outro lado, os insumos, principalmente na alimentação, estão como preços elevados. O custo da ração sobre o operacional chega a inimagináveis 78,43%. O custo total chega a R$ 6,45 por kg vivo, o que gera prejuízo no pior cenário de até R$ 0,95 para cada quilo produzido. A média geral, hoje, está em R$ 0,85 de prejuízo.
“O momento do mercado doméstico não é bom para o produtor, mas pelo menos as exportações trazem um alento”, explica o consultor de mercado da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), Iuri Pinheiro Machado.
Segundo Iuri, março fechou com recorde de 96,8 mil toneladas de carne suína in natura exportada, superando as 91 mil toneladas de maio de 2020, o recorde anterior. No primeiro trimestre deste ano, os embarques cresceram 24% em relação ao ano passado.
“O bom ritmo das exportações junto com a volta do auxílio emergencial no curto prazo, a redução das restrições para o controle da pandemia, no médio prazo, e a vacinação em massa devem, gradativamente, aumentar a demanda, com a reposição do preço pago pelo suíno em patamares que permitam margens positivas”, explica o consultor.
Fonte: Notícias Agrícolas e Associação Goiana de Suinocultores (AGS).
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