Contaminação por micotoxinas afeta até 69% das amostras de insumos e rações para alimentação animal, aponta pesquisa global da Selko
A Revisão Global Anual de Micotoxinas da Selko, marca de aditivos alimentares da Trouw Nutrition, mostrou que entre 31% e 69% das mais de 50 mil amostras de matérias-primas e rações analisadas em 2022 coletadas em 42 países, apresentaram contaminação por micotoxinas.

Contaminação por micotoxinas afeta até 69% das amostras de insumos e rações para alimentação animal, aponta pesquisa global da Selko
A Revisão Global Anual de Micotoxinas da Selko, marca de aditivos alimentares da Trouw Nutrition, mostrou que entre 31% e 69% das mais de 50 mil amostras de matérias-primas e rações analisadas em 2022 coletadas em 42 países da União Europeia, América do Norte, América Latina, Oriente Médio/África e Ásia apresentaram contaminação por micotoxinas.
“Esses dados comprovam a seriedade da contaminação dos insumos das rações por diferentes tipos de fungos. Está aí um desafio frequente para os suinocultores e avicultores”, explica Fernanda Andrade, Gerente do Programa de Segurança Alimentar da Trouw Nutrition.
Todos os grãos e cereais usados na alimentação dos animais têm potencial de desenvolvimento fúngico. Isso ocorre porque os fungos se proliferam nos grãos devido a uma série de fatores, como mudanças climáticas, condições do solo, sazonalidade e condições de armazenamento irregulares.
“Evitar a contaminação dos insumos por fungos é praticamente impossível, já que as principais espécies toxigênicas estão disseminadas no meio ambiente”, destaca Fernanda.
O milho, um ingrediente amplamente utilizado, apresentou mais alta contaminação para fumonisinas (57%) seguida por zearalenona (52%) e aflatoxinas/DON (49%). Portanto, é imprescindível verificar a qualidade das matérias-primas destinadas à nutrição animal. As medidas preventivas contra fungos envolvem o controle de qualidade e o controle do armazenamento dos grãos, como temperatura, umidade e taxas de oxigênio.

“A umidade dos grãos deve estar em níveis inferiores a 13% para que não haja crescimento de micro-organismos. A temperatura e taxa de oxigênio também estão associadas ao crescimento de micro-organismos aeróbicos”, diz.
“Animais mais jovens são mais susceptíveis, mas não podemos esquecer dos graves impactos na fase de reprodução dos suínos, por exemplo”, ressalta. “Sem contar que a associação entre duas ou mais toxinas, mesmo que em níveis menores, pode causar maiores danos quando comparada a uma intoxicação simples”, completa.
Atualmente, a indústria de insumos tem soluções tecnológicas capazes de reduzir os impactos das micotoxinas. Fernanda alerta que um programa de gerenciamento de riscos de micotoxinas é fundamental para garantir o bem-estar e desempenho dos animais. O uso de aditivos efetivos são ferramentas importantes para reduzir os impactos
“Os adsorventes reduzem a biodisponibilidade, aglutinando as micotoxinas do trato digestivo do animal para que sejam eliminadas”, explica. “Mas como o processo de adsorção não costumam ser eficazes totalmente eficazes contra todas as micotoxinas, é preciso contar com a tecnologia para uma abordagem mais ampla que suporte o animal através da imunomodulação e integridade de membrana intestinal”, finaliza a especialista.
pesquisa global da Selko Fonte: Assessoria de Imprensa
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