Nutrição e Alimentação

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

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Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Com o elevado custo de produção e a necessidade de atender o consumo de proteína animal da população, a demanda por maior eficiência de produção vem se tornando de grande importância na suinocultura.  

Sabendo disso, o manejo nas granjas de suínos vem abrindo espaço para a aplicabilidade, cada vez mais intensiva, de ferramentas tecnológicas e inovadoras que garantem um acompanhamento mais acurado dos dados relevantes para a produção eficiente. 

Hoje, as tecnologias disponíveis no mercado ainda não permitem o acompanhamento preciso do consumo de nutrientes dos animais. Para que seja possível tal implementação, é necessária a coleta periódica de dados em granjas, tais como: 

  • – Temperatura, 
  • – Densidade, 
  • – Genética, 
  • – Ganho de Peso Diário (GPD) e 
  • – Consumo de Ração (CR). 

Com isso, elabora-se modelos de predição em função do GPD e CR que, posteriormente, serão atualizados em formulações de ração. 

A nutrição eficiente engloba a coleta de dados com informações detalhadas sobre o estado fisiológico e as necessidades específicas dos lotes.  

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Pensando na aplicabilidade de ferramentas tecnológicas em granjas, a nutrição eficiente não visa apenas reduzir a conversão alimentar, mas garantir que os animais se alimentem estritamente do necessário, sem sobras de nutrientes, evitando desperdícios e maximizando a digestão e absorção dos nutrientes fornecidos por meio da ração.  

Para tal, os modelos matemáticos são ajustados em programas computacionais, para que incluam informações de variações de temperatura nos galpões (considerando as diferentes localizações das granjas em todo o país), densidade adequada dos lotes em todas as fases e, além disso, levando em consideração a genética utilizada, para que o animal possa expressar o máximo potencial genético. 

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Os autores Pomar, Andretta e Remus (2021) ressaltam que a inclusão de lisina, cálcio e fósforo em dietas de suínos é o principal foco das pesquisas em nutrição animal. Segundo eles, é possível reduzir em mais de 40% a excreção de nitrogênio, fósforo e outros constituintes poluentes ao meio ambiente, além de poder reduzir a ingestão de lisina, passando de 15% para 27%. 

Para compreender e analisar a viabilidade animal é importante assumir a variabilidade do crescimento entre os indivíduos de mesmo material genético, e entre bases genéticas diferentes. Afinal, apesar de animais com a mesma base genética iniciarem determinada fase de criação com o peso corporal semelhante entre si, a taxa de crescimento e a composição corporal do ganho pode variar de forma significativa. 

Fonte: Adaptado de Remus, A. (Agriculture and Agri-Food Canada).

 A ferramenta tecnológica terá o intuito de atuar no melhor aproveitamento dos nutrientes presentes na ração, a partir de modelos matemáticos acurados para as exigências nutricionais, atuando na conversão de lisina e monitoramento de consumo de ração e peso corporal. Desse modo, mostra-se a importância de estimar melhor as necessidades dos animais e atingir os objetivos produtivos, modulando o perfil de crescimento desejado para o abate. 

 Como as ferramentas tecnológicas poderiam fornecer informações para auxiliar em soluções para as granjas?  

Em um primeiro momento, a ferramenta tecnológica analisará o modo de operação dos sistemas de alimentação convencional por fases. E, assim como a temperatura ambiental, os desafios sanitários também serão analisados, pois afetam o metabolismo dos nutrientes e as exigências nutricionais de cada fase de criação dos suínos. 

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

O passo seguinte é a abordagem do uso de estratégias para a formulação de dietas ajustadas ao estado fisiológico e às exigências de mantença e produção de suínos. Dessa forma, sempre considerando uma menor proporção de nutrientes, ressignificando todo o excesso nutricional, como, por exemplo, excreção de nitrogênio, fósforo e outros.  

Dentre as vantagens do uso de ferramentas tecnológicas, estarão: 

A coleta de dados para as ferramentas tecnológicas deve abranger informações relevantes, de acordo com o objetivo de desempenho produtivo das granjas, tais como: 

Como resultado, deve-se ter o ajuste do consumo de nutrientes, evitando excessos ou deficiências destes nas formulações das rações.  

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ademais, além de fornecer a quantidade correta de nutrientes, proporcionando eficiência à absorção intestinal, deve-se cuidar para garantir a composição correta de nutrientes na dieta.

É crucial a obtenção de matrizes nutricionais exclusivas e atualizadas, otimização da saúde, conversão alimentar e desempenho reprodutivo dos animais, pensando além do desperdício dos nutrientes. 

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Ferramentas tecnológicas e inovadoras na Suinocultura: muito mais que nutrição

Vale destacar que o uso de tecnologia na suinocultura, por meio de controle operacional e acurácia de manejo nutricional, é fundamental quando se almeja aumento de produtividade, sustentabilidade e auxílio na tomada de decisão.  

Conforme as pesquisas avançam na suinocultura, as ferramentas tecnológicas estão se tornando cada vez mais importantes e sendo utilizadas nas granjas comerciais para o monitoramento dos dados dos animais e das instalações, promovendo eficiência ao manejo dos animais e visando melhores índices zootécnicos. 

Essa aplicabilidade pode ser posta em prática por meio de banco de dados estruturados, envolvendo 160 mil animais oriundos de 253 projetos de pesquisa executados e em andamento.  

Desse modo, informações de temperatura anormal em relação à zona de termoneutralidade de cada fase de criação, densidade acima ou abaixo do valor de k, pressão de seleção genética para tais características e condições sanitárias, já estão consistentes e distribuídas em pesquisas que objetivam: 

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