“Ainda em abril vamos ampliar o número de abates para 3 mil suínos por dia e, até o fim de 2023, devemos chegar a 7,5 mil”, detalha.
Ainda em abril será ampliado o número de abates para 3 mil suínos por dia e, até o fim de 2023, esse número deve chegar a 7,5 mil. Leia mais!

Perto de completar um mês de funcionamento em caráter experimental, o maior frigorífico de abate de suínos da América Latina, pertencente à Frimesa, fica na região Oeste do Paraná, na cidade de Assis Chateaubriand. E, segundo Elias José Zydek, presidente-executivo da cooperativa responsável pela operação, tudo está ocorrendo conforme o planejado.
“Ainda em abril vamos ampliar o número de abates para 3 mil suínos por dia e, até o fim de 2023, devemos chegar a 7,5 mil”, detalha.
Além disso, para que toda a operação aconteça, a contratação de trabalhadores segue no mesmo ritmo acelerado: no fim deste mês, 1,2 mil pessoas devem estar atuando nos mais diversos setores da nova planta. Para chegar a esses números, a empresa realizou um planejamento iniciado há oito anos.
Em 2015, a Frimesa realizou uma estruturação de longo prazo para a área de suínos. Após estudos e análises, junto com as cooperativas filiadas e seus produtores, os envolvidos chegaram à conclusão de que a atividade crescia e valia a pena o investimento. Em 2018, foram feitos os projetos técnicos, econômicos e financeiros, com uma visão até 2023. Já em 2019 começaram as obras das instalações, que foram concluídas em dezembro do ano passado.
A escolha de Assis Chateaubriand para ser a sede do investimento foi essencialmente técnica, segundo Zydek. “Consideramos a localização e logística da produção de suínos, a disponibilidade de água e energia, mão-de-obra e acesso às vias de escoamento”, conta o presidente.
Para tirar tudo isso do papel e construir o maior frigorífico da América Latina, a Frimesa investiu R$ 1,45 bilhões de reais no complexo. Outros R$ 2,4 bilhões foram ou ainda serão investidos até 2030, pelos produtores e cooperativas filiadas. E também são essas empresas, principalmente a C. Vale, Copacol e Primato, por estarem mais próximas da nova planta, que encaminham os animais a serem abatidos.
A Frimesa é responsável por industrializar essa matéria-prima e repassar o valor dos suínos para as cooperativas, que fazem o contato direto com os suinocultores. Empregos e exportações devem crescer nos próximos anos.
A Frimesa dividiu a evolução dos trabalhos no frigorífico em quatro etapas; a última prevista para 2028, quando a planta deve abater diariamente 15 mil suínos e gerar 8 mil empregos. No momento, os funcionários são contratados pela cooperativa com a colaboração das Agências de Emprego e entidades dos municípios vizinhos, além de Assis Chateaubriand.
“Estamos treinando as pessoas na Unidade Frigorífica de Medianeira e também no próprio local. Cerca de 60% dos colaboradores já haviam trabalhado em frigoríficos”, explica o presidente-executivo.
A Frimesa exporta atualmente 25% do volume produzido e deverá chegar a 30% em 2024. No total, 15 países recebem os produtos da cooperativa, mas o principal destino é a Ásia, sendo Hong Kong, Singapura e Vietnã os principais compradores. E essa lista deve crescer, segundo o presidente executivo da empresa.
“Estamos avançando nos processos de exportação para o Japão, Coréia do Sul, México e Filipinas. Dependemos do Ministério da Agricultura seguir com os procedimentos legais e formais para que esses mercados sejam liberados. Com o novo frigorífico temos condições de atender todas as exigências dos mercados importadores”, relata Zydek.
As boas perspectivas não são à toa: dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as exportações nacionais de carne suína aumentaram 16,9% em março de 2023, na comparação com o mesmo período do ano anterior. E isso também gerou um aumento de receita ainda mais relevante: só no terceiro mês deste ano, o faturamento registrado com as vendas para o mercado externo somam 248,9 milhões de dólares, número 30% superior ao obtido em março de 2022, que foi de 190,3 milhões de dólares.
“Com o preço maior da carne bovina, o consumo de carne suína vem crescendo. O Brasil é competitivo no custo de produção e isso o coloca como principal fornecedor dos consumidores no mundo. Em 2022 exportamos 90 mil toneladas, já neste ano, devemos atingir 100 mil toneladas”, finaliza o presidente-executivo da Frimesa.
frigorífico de abate de suínos Fonte: Ana Paula Pickler – Gazeta do Povo
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