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Apesar dos preços do suíno vivo e da carne registrarem movimento de recuperação em abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, especialmente nas do Sudeste, a primeira quinzena de maio registrou queda nas cotações. Clique aqui e confira as cotações nas principais praças do país!
Diferentemente do esperado por agentes do setor, os preços tanto da carne quanto do vivo recuaram nas primeiras semanas de maio. Apesar dos preços do suíno vivo e da carne registrarem movimento de recuperação em abril na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea, especialmente nas do Sudeste, a primeira quinzena de maio registrou queda nas cotações. A última quinta-feira (13) o mercado de suínos registrou a maior parte das cotações em campo negativo.
Os suinocultores que comercializam os animais no mercado independente viram mais uma vez o preço despencar no mercado, o que torna o cenário da atividade ainda mais complicado devido à alta nos preços do milho e farelo de soja. Lideranças apontam o mercado interno truncado e excesso de oferta como ingredientes que compõem a baixa nos preços, já que as exportações estão em bom ritmo.
Em São Paulo, segundo o presidente da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), Valdomiro Ferreira, após duas semanas consecutivas sem acordo entre produtores e frigoríficos, esta semana o acerto fez o preço baixar de R$ 7,73/kg vivo para R$ 6,40/kg vivo, queda de 17,2%.
“Basicamente o que levou a esse preço é que algumas indústrias do sul do país estão ofertando o animal abatido já com preço reduzido para a semana que vem. Como as nossas comercializações são para início da entrega na segunda-feira, não nos restou alternativa senão baixar o preço”, disse.
De forma semelhante, Minas Gerais que há duas semanas não estabelecia acordo entre frigoríficos e suinocultores, registrou uma queda de 21,25% e a bolsa do suíno vivo passou de R$ 8,00/kg para R$ 6,30/kg. Na análise do consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), o médico veterinário Alvimar Jalles, a cotação da semana é o resultado:
“De uma combinação de preços elevadíssimos de milho, com suíno vivo abaixo do custo de produção está na origem do aumento de oferta de animais para abate a nível de Brasil. Há uma corrida para vender. Cabe a cada um executar a sua estratégia e revisá-la logo ali na frente quando novas variáveis surgirem”, pontua Jalles.
A negociação em Santa Catarina nesta quinta-feira também registrou queda de 15%, passando de R$ 8,00/kg vivo para R$ 6,80/kg. Segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi, explica que o excesso de oferta de animais para abate está travando o mercado.
“Acredito que o consumo também esteja sendo prejudicado, já que houve um aumento para o consumidor em novembro do ano passado, quando o animal era vendido a R$ 10,00 o quilo, mas não baixou mais. Entretanto, na ponta produtora, caiu demais”, disse.
Considerando a média semanal (entre os dias 06/05/2021 a 12/05/2021), o indicador do preço do quilo do suíno do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve queda de 4,52%, fechando a semana em R$ 7,01.
No Rio Grande do Sul a Pesquisa Semanal da Cotação do Suíno, milho e farelo de soja, realizada nesta sexta-feira (14) pela Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS, apontou queda de R$ 0,37 no preço pago pelo quilo do suíno vivo no Estado gaúcho. A cotação registrada nesta sexta-feira (14) é de R$ 7,03.
Fonte: Notícias Agrícolas, CEPEA e Redação SuínoBrasil.
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