Perspectivas da suinocultura global e os impactos no mercado nacional
Por: Maria Walsh, Diretora de Marketing Global para Suínos na dsm-firmenich
Investimentos intensificados para cuidados com o animal é necessidade para atender à demanda por produção de alimentos melhores e mais sustentáveis
Perspectivas da suinocultura global e os impactos no mercado nacional
Por: Maria Walsh, Diretora de Marketing Global para Suínos na dsm-firmenich
A suinocultura moderna chegou ao Brasil com raças europeias trazidas pelos colonizadores há muitos anos. Além dos animais, os modelos construtivos e procedimentos de manejo foram igualmente importados e adaptados ao nosso país. Essa influência existe até hoje quando falamos, por exemplo, sobre o banimento de promotores de crescimento, uso consciente de antimicrobianos e padrões de bem-estar na criação de suínos, com referências normativas mundiais.
O Brasil intensificou suas ações na suinocultura, tendo em vista a influência europeia na criação de suínos. O país é hoje o quarto maior produtor e exportador global, ficando atrás apenas da China, União Europeia e Estados Unidos. Para garantir a qualidade da carne e as exigências nutricionais, o Brasil vem adotando novas tecnologias e normas internacionais, sobretudo as que tratam do bem-estar animal, uma preocupação prioritária no setor.
Nesse sentido, as empresas têm se comprometido, por exemplo, com o banimento do uso de gaiolas e criação de ambientes em baias coletivas, estimulando um comportamento mais natural dos suínos, entre outras práticas questionadas, como a identificação dos animais por meio de mossas aplicadas nas orelhas e a castração cirúrgica – seguindo, sobretudo, o que está previsto na Instrução Normativa 113/2020, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que fala sobre as boas práticas de manejo de suínos de criação comercial.
A estratégia da substituição e diminuição do uso dos antibióticos no processo alimentar animal contribui inclusive para conservar e potencializar o uso dos antibióticos quando utilizados para tratamento de doenças quando eles são de fato necessários. Há uma grande variedade de aditivos de alimentos para melhorar a eficiência digestiva e o crescimento de suínos em todas as fases da produção.
A redução de óxido de zinco, também usado como promotor de crescimento em leitões, tem sido recentemente bastante questionada. Isso porque, ainda que seja considerado essencial para a manutenção de várias funções fisiológicas e metabólicas dos suínos, ele é um metal pesado que pode contaminar o solo e as águas quando excretado em excesso no meio ambiente. A discussão não é nova na Europa, mas intensificou-se há dois anos, quando a União Europeia proibiu seu uso, permitindo-o apenas para fins terapêuticos – tolerado com doses abaixo de 150 ppm.
E a legislação brasileira em médio prazo também deverá provavelmente restringir o uso do composto químico, o que está mobilizando a indústria a buscar por alternativas eficazes para a inclusão de novas soluções na dieta alimentar de leitões. Tudo isso requer uma atenção intensificada para a saúde intestinal dos suínos.
Hoje, já está disponível no mercado uma tecnologia que combina a mais avançada ferramenta de cálculo de pegada ambiental à sustentabilidade especializada, produção animal e conhecimento nutricional que ajuda a criar soluções sob medida e práticas e projetos de desenvolvimento de negócios que aumentem a sustentabilidade ambiental e a lucratividade em animais de produção. É algo surpreendente.
Importante ter em mente que toda essa inovação contribui com o crescimento da indústria nacional de suínos. E o Brasil é uma potência mundial na produção da espécie, que se fortalece com toda a influência global para o setor. Eu discorrerei mais sobre a perspectiva global da suinocultura no simpósio da dsm-firmenich na pré-abertura da ABRAVES Nacional 2023.
Inscreva-se agora para a revista técnica de suinocultura
AUTORES
Estudo demonstra economia de 69% ao reduzir uso de antimicrobianos na prevenção de Enteropatia Proliferativa Suína
Adriano Norenberg Arlei Coldebella Ivan Bianchi Jalusa Deon Kich Marco Aurélio Gallina Monike Willemin Quirino Rafael Frondoloso Yuso Henrique TutidaPork Pinnacle retorna a Curitiba e inaugura o porciFÓRUM: dois eventos, uma nova visão para o futuro da suinocultura
Reconhecimento sanitário abre caminho, e São Paulo inicia exportação de carne suína em 2025
Valdomiro Ferreira JuniorComo a saúde intestinal pode impactar a saúde respiratória dos suínos via eixo microbiota-intestino-pulmão?
Pedro Henrique Pereira Sibely Aiva Flores Vinícius de Souza CantarelliTecnologia, dados e decisões: o que realmente interessa na nova era da suinocultura
Priscila BeckImpacto das micotoxinas na longevidade, saúde e produtividade de matrizes suínas
Gefferson Almeida da Silva José Paulo Hiroji Sato Jovan SabadinEficiência operacional com o uso da Inteligência Artificial
Leonardo Thielo de La Vega Verônica PachecoMarco regulatório que moderniza a produção
Amanda BarrosGranja e Fábrica de Rações: uma relação de cliente e fornecedor
Diogo Lima GoulartConstruindo um protocolo de sustentabilidade para a suinocultura brasileira – Parte II
Everton Luís KrabbeA fibra insolúvel na dieta da fêmea suína gestante como estratégia para mitigação da fome e garantia do desempenho – Parte II
Danilo Alves Marçal Ismael França Jaira de Oliveira Luciano Hauschild